Quatro investigados da Operação Lama Asfáltica voltaram à prisão hoje em Campo Grande: o empresário João Amorim, o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras de MS Edson Giroto, o empresário Flávio Henrique Scrochio e o fiscal de obras da Agesul Wilson Roberto Mariano de Oliveira (Beto Mariano, ex-prefeito de Paranaíba). Eles se apresentaram à Polícia Federal pela manhã após ter a prisão preventiva decretada ontem pela Justiça Federal. A medida acontece depois que o Supremo derrubou, na terça-feira, habeas corpus concedido pelo ministro da Corte, Marco Aurélio Mello, a João Amorim (leia aqui), que se estendeu aos demais. A Justiça Federal decretou mais quatro prisões domiciliares: de Rachel Giroto (esposa de Edson Giroto), Ana Paula Amorim Dolzam (filha de João Amorim), Mariane Mariano de Oliveira (filha de Beto Mariano) e Elza Amaral (secretária de Amorim). A Lama Asfáltica iniciada em 2013 investiga esquema de superfaturamento e fraudes de licitações em obras com recursos federais feitas pelo Governo de MS e está na 5ª fase.
Posts com a tag: joao-amorim
O ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-deputado federal Edson Giroto foram citados pelo ex-diretor da Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira, em delação à força-tarefa da Lava Jato, por terem supostamente cobrado e recebido propina para a campanha de reeleição do ex-governador em 2010, tendo o empreiteiro João Amorim como intermediário na negociação. Na delação, Pacífico afirmou que para a empresa receber um crédito em atraso do Governo de MS, que com juros chegava a R$ 23,4 milhões, teria de pagar 10% (veja aqui o vídeo). O caso não virou inquérito, entretanto, porque foi arquivado pelo ministro Edson Fachin (leia aqui).
Em nota enviada ao jornal Correio do Estado, que divulga hoje a notícia, André Puccinelli afirma:
"Sobre notícias de doação de campanha envolvendo meu nome, tenho a esclarecer que:
1 – O governo do estado negociou com o ACOMPANHAMENTO da PGE (Procuradoria Geral do Estado ) uma dívida do governo do PT de 79 milhões por 24 milhões em quatro parcelas fixas e mensais.
2 – EU não pedi qualquer vantagem pessoal mesmo porque tendo exigido junto com a PGE (SETENTA POR CENTO DE DESCONTO), seria inverossímil acreditar que contribuíssem para minha campanha.
3 – Estou à disposição da justiça, como sempre estive, e sou político que sempre abriu mão dos sigilos bancário e fiscal desde o primeiro mandato eletivo, até hoje."