Por quatro votos a um, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido para revogar a prisão preventiva decretada contra o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, que foi preso em Campo Grande na Operação Lama Asfáltica em 2016 e depois foi solto por habeas corpus, em decisão liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello. Com a decisão, foi cassada a liminar, e o empresário pode voltar à prisão. 

 

O habeas corpus começou a ser julgado em setembro de 2017, quando o relator, Marco Aurélio, votou no sentido de tornar definitiva a liminar concedida por ele. O julgamento foi retomado ontem com o voto-vista do ministro Alexandre de Moraes, que divergiu do relator, afirmando que o decreto de prisão baseou-se no risco de o empresário permanecer solto em virtude das suas relações pessoais e na possibilidade de sumiço de provas. 

 

"Parece-me comprovada a existência de uma organização criminosa que tem muitos tentáculos no município e no Estado", observou Alexandre de Moraes, assinalando que a instrução processual penal, a continuidade da investigação e do processo, bem como a aplicação da lei, se dariam de forma mais efetiva com a prisão de João Amorim. Seu voto foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luix Fux e Rosa Weber, informa o site do STF.