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Fábio Porchat e Gregório Duvivier no 'Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira tentação de cristo'

Juíza do Rio negou pedido para retirar do ar especial de Natal humorístico exibido pela Netflix
A juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, da 16ª Vara Cível do Rio de Janeiro negou ontem pedido de liminar para tirar do ar o "Especial de Natal Porta dos Fundos: a primeira tentação de Cristo", dos humoristas Fábio Porchat e Gregório Duviviver,  disponível na Netflix. A Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, autora da ação, diz que na produção "Jesus é retratado como um homossexual pueril, Maria como uma adúltera desbocada e José como um idiota traído" e acusa o filme de violar a liberdade religiosa e a dignidade da pessoa humana. O Ministério Público do Rio também se manifestou a favor da suspensão do vídeo. No texto, a promotora Barbara Salomão Spier afirma que "o que é sagrado para um, pode não ser sagrado para o outro, e o respeito deve, portanto, imperar" e disse que "fazer troça aos fundamentos da fé cristã, tão cara a grande parte da população brasileira, às vésperas de uma das principais datas do cristianismo, não se sustenta ao argumento da liberdade de expressão". 
 
A juíza, entretanto, afirmou que "o Judiciário só pode proibir a publicação, circulação e exibição de manifestações artísticas quando houver a prática de ilícito, incitação à violência, discriminação e violação de direitos humanos nos chamados discursos de ódio" e disse que o especial "não tem nada disso" e não fere a liberdade religiosa. "Ao assistir ao filme podemos achar que o mesmo não tem graça, que se vale de humor de mau gosto, utilizando-se de expressões grosseiras relacionadas a símbolos religiosos. O propósito de muitas cenas e termos chulos podem ser questionados e considerados desnecessários, mesmo dentro do contexto artístico criado com a paródia satírica religiosa. Contudo, há que se ressaltar que o juiz não é crítico de arte e, conforme já restou assente em nossa jurisprudência, não cabe ao Judiciário julgar a qualidade do humor, da sátira, posto que matéria estranha às suas atribuições", avaliou a juíza, ressaltando que o filme está na Netflix e só assiste quem quiser, informa o site Consultor Jurídico. A produção gerou reclamações também em Mato Grosso do Sul. Conforme aqui publicado, deputados se manifestaram na Assembleia e a OAB-MS emitiu nota de repúdio à produção.
 




Especial de Natal da Porta dos Fundos 'profana a religião cristã de forma vergonhosa', diz OAB-MS

Além da manifestação contrária de deputados estaduais conforme aqui divulgado, a Seccional da Ordem do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB-MS) também manifestou repúdio à comédia especial de Natal do grupo Porta dos Fundos, "Primeira Tentação de Cristo", feita para a Netflix. Por meio de sua Comissão de Assistência e Liberdade Religiosa, a OAB-MS diz que no filme "se vê profundo desrespeito às religiões cristãs, católica e protestante" e que sua exibição "profana a religião cristã de forma vergonhosa". Leia aqui a íntegra no site da OAB-MS.





Comédia gerou polêmica nacional e deputado Antônio Vaz, de MS, defendeu boicote à Netflix

A polêmica nacional em torno da comédia "A Primeira Tentação de Cristo" produzida pelos atores e sócios do Porta dos Fundos, Fábio Porchat e Gregório Duvivier, para a Netflix, chegou à Assembleia de Mato Grosso do Sul onde deputados estaduais criticaram ontem o programa que retrata Jesus como um personagem gay e sugere um triângulo amoroso entre José, Maria e Deus. "Acredito que essa retratação de Jesus foi uma falta de vergonha até dos próprios atores. Nós, cristãos, que somos a maioria em nosso País, não podemos aceitar esse tipo de coisa", disse o deputado Antônio Vaz (Republicanos) que convocou um boicote à Netflix. O deputado Herculano Borges propôs uma moção de repúdio à Netflix e Lídio Lopes (Patriotas) afirmou que o episódio "é uma vergonha". O líder do Governo, Barbosinha (DEM) apoiou: "Independente da religiosidade e da fé, este assunto agride a todos". Na quarta-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) criticou o filme e escreveu no Twitter: "Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão."





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