O piloto aposentado, Fernando Murilo de Lima e Silva, que ficou conhecido em 1988 por impedir um sequestrador de arremessar um Boieng 737 contra o Palácio do Planalto, morreu aos 76 anos, ontem, de complicações cardíacas e diabetes, em Armação dos Búzios (RJ), onde morava. Prestes a completar 32 anos, o sequestro do voo 375 da Vasp ocorreu no dia 29 de setembro de 1988. O avião decolou de Belo Horizonte rumo ao Rio de Janeiro com 135 passageiros e oito tripulantes, e quando sobrevoava a cidade, o tratorista Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, invadiu a cabine armado mandando o piloto seguir para Brasília para matar o então presidente José Sarney (MDB), a quem culpava por ter perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica no país.
"Ele gritava: 'Eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto!'. Na época, eu não tinha ideia de que aquilo poderia ocorrer", disse o piloto ao G1, em 2011. O comandante colocou no transponder o código de alerta internacional e a torre de Brasília chamou a cabine pelo rádio. Ao tentar responder, o copiloto Salvador Evangelista foi baleado e morreu. Como o combustível estava acabando devido à mudança de rota, o comandante disse ao sequestrador que teria de pousar em Goiânia, onde o avião foi cercado por policiais federais.
No local, Raimundo exigiu um avião menor para que ele e o piloto fossem para Brasília executar seu plano. Na troca de aparelhos, o piloto tentou fugir e foi baleado na perna. Um agente da PF reagiu e baleou Nonato no quadril. Levado a um hospital, ele morreu três dias depois. "O meu sequestro foi um dos primeiros com aviões no país. Desde então, muita coisa mudou. Mas foi um processo lento de conscientização pela melhoria da segurança na aviação. Naquele tempo, não havia nem detectores de metais nos aeroportos", relatou o piloto, entrevistado pelo G1 na época do atentado às Torres Gêmeas (EUA) - leia aqui.
O Movimento Brasil Livre (MBL) que defende o liberalismo econômico e ficou conhecido por protestos a favor do impechament de Dilma Rousseff, anunciou ter convidado os ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor, Michel Temer e a própria Dilma para debate temas variados em seu 5º Congresso Nacional a ser realizado nos dias 15 e 16 de novembro em São Paulo. No Twitter, o MBL diz que Temer até agora é o único que confirmou participação e lembra que Lula está preso. Para quem estranhou a variade de correntes políticas, o movimento explica: "A diferença é que o V Congresso será uma verdadeira arena de debates. Não mais um evento ideologicamente coeso, com todo mundo que concorda. Convidamos políticos e figuras públicas das mais diversas orientações ideológicas. E colocaremos todos eles para debaterem temas fundamentais: educação, reforma política, municipalismo, cultura. Queremos ver o circo pegar fogo."
O V Congresso do MBL é um evento que pode lhe deixar fascinado ou com raiva, ou simultaneamente com raiva e fascinado. Será um congresso diferente do que fizemos nas edições anteriores. E qual a diferença? pic.twitter.com/oO25Swnjpk
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) September 12, 2019
E colocaremos todos eles para debaterem temas fundamentais: educação, reforma política, municipalismo, cultura. Queremos ver o circo pegar fogo.
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) September 12, 2019