Deputados ligados a centrais sindicais vão tentar alterar a MP 873 editada pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, que só permite cobrar contribuição sindical por meio de boleto bancário autorizado pelo trabalhador e impede o desconto em folha de pagamento, que continua apesar da reforma trabalhista aprovada no governo Temer em 2017. Por emendas, esses parlamentares querem enxertar na medida provisória pontos de um projeto que tramita na Câmara desde 2016, para permitir aos sindicatos cobrar a taxa de todos os trabalhadores, após aprovação de assembleias de cada categoria, e criar um "Conselho Nacional de Autorregulação Sindical", diz a Folha de S.Paulo. A MP já está em vigor, mas perderá a validade se não for aprovada em 120 dias pelo Legislativo. No Twitter, Bolsonaro alertou os brasileiros sobre a votação da MP: "O Brasil precisa estar atento, pois todo dia é um jogo de xadrez".
A fiscalização do cumprimento deste pleito ou se não há a possibilidade de derrota mediante votação ou não apreciação da matéria no prazo previsto, o que levaria também sua automática derrota no Congresso. O Brasil precisa estar atento, pois todo dia é um jogo de xadrez.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 4 de março de 2019
Geraldo Alckmin negou hoje que vá revogar algum dos principais pontos da reforma trabalhista ou ressuscitar o imposto sindical caso seja eleito, o que, conforme o jornal O Globo, teria sido algumas das condições do chamado Centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) para apoiar o presidenciável tucano, depois de flertar com Ciro Gomes (PDT). "Um dos itens apresentados na reunião foi uma condição de Paulinho da Força (SD-SP): o compromisso de um novo modelo de financiamento de sindicatos", divulgou ontem o site O Globo. No Twitter, Alckmin escreveu: "não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical."
Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical.
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) 20 de julho de 2018