O presidente do Supremo, Dias Toffoli, derrubou sua própria liminar que suspendeu a resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que reduzia os valores do seguro obrigatório para veículos, o DPVAT. Com isso, o valor para carros volta a ser de R$ 5,23 – 68% a menos dos 16,21 cobrados em 2019 e o de motos cai de R$ 84,58 para R$ 12,30, redução de 85,4%. (veja aqui os outros valores). Toffoli atendeu a um recurso feito pela Advocacia Geral da União (AGU) que argumentou que, ao recorrer ao Supremo contra a redução alegando que a resolução tornaria o seguro DPVAT economicamente inviável, a Seguradora Líder omitiu "a informação de que há disponível no fundo administrado pelo consórcio, atualmente, o valor total de R$ 8,9 bilhões, razão pela qual, mesmo que o excedente fosse extinto de imediato, ainda haveria recursos suficientes para cobrir as obrigações do Seguro DPVAT". O site do STF informa que a AGU também alegou urgência, já que o calendário de pagamento do seguro DPVAT começa hoje, dia 9 de janeiro.
Jair Bolsonaro disse hoje que o governo vai recorrer contra a decisão do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que suspendeu a redução de preços do seguro obrigatório de veículos, o DPVAT (leia aqui) na quarta-feira, último dia de 2019. "A Advocacia-Geral da União, o próprio nome diz, é para defender o governo. Conversei com André Mendonça [ministro da AGU]. Ele vai questionar essa questão no Supremo. Não reclamo decisões do Supremo, eu respeito", disse Bolsonaro, indagado nesta sexta-feira pela imprensa, conforme o Estadão, em frente ao Palácio da Alvorada.
O presidente do Supremo, Dias Toffoli na terça, último dia de 2019, a resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), vinculado ao Ministério da Economia, que reduzia os valores do seguro obrigatório DPVAT pago por donos de veículos. Com isso, o valor para carros que havia caído para R$ 5,23 (68%) volta a ser R$ 16,21; e o de motos, reduzido para R$ 12,30 (85,4%), volta a ser cobrado R$ 84,58 (leia aqui). Para Toffoli, a redução de preços foi uma maneira de o governo de "esvaziar" a decisão do STF que derrubou a medida provisória do presidente Jair Bolsonaro que extinguia o DPVAT a partir de 2020. A decisão liminar foi concedida pelo presidente da Corte em uma ação movida pela seguradora Líder, que administra os recursos do seguro em um consórcio que inclui a Excelsior, seguradora presidida pelo deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL que virou adversário de Bolsonaro. O pagamento deve ser feito até o dia 31 deste mês e o boleto já pode ser emitido aqui no site da seguradora Líder.