Crime de injúria racial pode ser equiparado ao de racismo e, portanto, considerado imprescritível, ou seja, passível de punição a qualquer tempo. A decisão foi tomada por oito votos a um pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ontem ao julgar o caso de uma mulher de 79 anos, condenada a um ano de prisão em 2013 por chamar a frentista de um posto de gasolina de "nerinha nojenta, ignorante e atrevida".
Leia maisEvo Morales anunciou neste fim de semana no Twitter que decidiu revogar o novo Código Penal da Bolívia, depois de protestos de religiosos, advogados, jornalistas e outros segmentos no país vizinho e mobilizou até pastores evangélicos de Corumbá (veja aqui). Um dos pontos polêmicos é o 12º parágrafo do 88 torna crime "o recrutamento de pessoas para participação em organizações religiosas ou de culto" e preve prisão que prevê prisão de sete a doze anos. Além da liberdade religiosa, o novo código também acaba com a liberdade de imprensa nos artigos 309, 310 e 311, que tratam de “injúria e difamação” e preveem prisão para quem fizer denúncias contra o governo e políticos (leia aqui). Ao canal estatal El Pueblo es Noticia, Evo declarou que "levou em conta as propostas do povo". No Twitter (veja abaixo), Evo disse que decidiu revogar o código "evitar confusões e para que a direita deixe de conspirar e não tenha argumentos para gerar a desestabilização do país" e prometeu enviar uma carta ao Congresso nos próximos dias.
Hemos decidido abrogar el Código del Sistema Penal para evitar confusiones y que la derecha deje de conspirar y no tenga argumentos para generar desestabilización en el país, con desinformación y mentiras. Enviaremos una carta a la Asamblea Legislativa en los próximos días.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 21 de janeiro de 2018