A assessoria criminal da Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um procedimento para apurar se houve apologia ao nazismo por parte do deputado Kim Kataguiri (Podemos-SP) e do ex-apresentador do Flow Podcast, Bruno Aiub, o Monark, durante o programa transmitido na segunda-feira no YouTube.
Leia maisApós polêmica e repercussão negativa provocada pelo apresentador Monark, que durante entrevista com os deputados deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) na noite anterior defendeu no Flow Podcast a legalização de um partido nazista no Brasil, a empresa Estúdios Flow, responsável pelo canal, perdeu patrocinadores hoje e anunciou hoje que afastou o apresentador youtuber. Veja o vídeo.
Leia maisO YouTube removeu ontem mais quatro vídeos do canal do presidente Jair Bolsonaro em que ele recomenda remédios sem comprovação científica contra a covid. No total, foram cinco vídeos retirados do ar nesta semana, o primeiro na segunda-feira (leia aqui). Todos são de lives que o presidente faz às quintas-feiras. O site G1 diz que cinco violações em menos de uma semana poderia gerar suspensão do canal pelas regras do YouTube, que informou não ter tomado essa medida porque há um "período de carência", pois as regras contra desinformação sobre covid foram atualizadas recentemente. Na semana passada, o YouTube atualizou sua política de uso e anunciou que vídeos que recomendem hidroxicloroquina ou ivermectina contra covid, que não têm eficácia comprovada contra a doença, serão retirados do ar mesmo que tenham sido postados antes da nova norma.
Pela primeira vez o Youtube um vídeo do canal de Jair Bolsonaro. Retirado do ar ontem, o vídeo era da live semanal do presidente transmitida no dia 14 de janeiro quando Manaus enfrentava um colapso sistema de saúde decorrente da covid-19 e Bolsonaro, ao lado de Pazuello, defendia o "tratamento precoce" contra a doença dizendo que o uso de hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e zinco "deu certo" para reduzir mortes, sem comprovação científica da eficácia desses tratamentos contra a doença. No vídeo, Bolsonaro também questiona o uso de máscaras e medidas de isolamento social contra a covid. Ao divulgar a notícia, O Globo observa que outros vídeos em que o presidente fala coisas semelhantes seguem no ar em seu canal no YouTube e o vídeo excluído ontem pela rede segue no ar em outras plataformas como o Facebook.
A transmissão da decisão da Taça Rio pelo FluTV, canal do Fluminense no YouTube, bateu recorde mundial de audiência em transmissões ao vivo na internet com pico de 3,597 milhões acessos simultâneos. Logo no início da partida, os acessos já haviam superado o recorde em transmissão esportiva de 2,2 milhões, do jogo Flamengo x Boavista, também pelo atual carioca. Depois, superou os recordes mundiais registrados por lives de artistas na quarentena da Covid em abril – de Marília Mendonça (3,31 milhões de acessos simultâneos no dia 8) e de Jorge & Mateus (3,24 milhões, no dia 4) informa o site UOL. Ou seja, além da Taça Rio, o Flu também conquistou o título de perfil com a maior live do mundo em cima do rival Fla. Vejo jogo aqui na FluTV.
Enquanto muita gente só ganha algumas curtidas ou inimizades nas redes sociais defendendo bandeiras políticas, outros lucram bastante. No pedido enviado ao Supremo para quebrar sigilos de deputados e militantes suspeitos de estimular e financiar atos contra a Corte e o Congresso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que convocações e divulgações de atos antidemocráticos pelo YouTube tornaram-se um negócio lucrativo. Segundo o site O Antagonista, no documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, a PGR disse que esses ativistas lucram com o "tráfego que geram, a quantidade de seguidores que arrebanham, o universo de pessoas que alcançam com suas mensagens, a sua capacidade de influenciar seus seguidores".
Autor do pedido, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, citou relatório de empresa especializada que estima que o canal bolsonarista Folha Política, no YouTube, pode ter lucrado de 6 a 11 mil dólares (até R$ 57 mil) com a transmissão da manifestação de 3 de maio, em que Jair Bolsonaro apareceu na rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores. O canal Foco do Brasil (que na sexta-feira mudou de nome e de endereço no YouTube) pode ter lucrado de 7,5 a 18,8 mil dólares (até R$ 98 mil) na transmissão da live de Bolsonaro no protesto de 19 de abril, em frente ao Exército. Os dois canais e seus administradores tiveram o sigilo quebrado por Moraes, a pedido de Medeiros, diz O Antagonista.