Foi presa hoje pela Polícia Federal, em Brasília, Sara Fernanda Giromini, a Sara Winter, líder do grupo "300 do Brasil" que há meses tem feito atos contra o Supremo e o Congresso em apoio a Jair Bolsonaro e ontem disparou fogos de artifício contra a sede do STF. A prisão temporária, com duração de cinco dias, foi feita a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Conforme O Globo, mais cinco integrantes do grupos foram detidos e, segundo a PGR, os pedidos de prisão foram apresentados ao STF porque foram encontrados indícios de que o grupo estava captando recursos financeiros para cometer crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. Após sua prisão, Sara Winter rapidamente usou o episódio para se anunciar nas redes sociais como "presa política" postando a imagem abaixo no Twitter onde diz que "representa hoje milhões de brasileiros que apoiam o presidente".
Sara Winter representa hoje milhões de brasileiros que apoiam o presidente @jairbolsonaro que estão sendo cassados um a um. Sara Winter é a terceira presa política na ditadura da toga. #SaraLivre [AdmAqui] pic.twitter.com/VsLfENlbR2
— Sara Winter (@_SaraWinter) June 15, 2020
Além da nota oficial do presidente do Supremo, Dias Toffoli (leia aqui), ministros da Corte também se manifestaram neste domingo no Twitter sobre os disparos de fogos de artifício na direção do STF feitos na noite anterior pelo grupo liderado por Sara Winter. Luís Roberto Barroso escreveu: "Há no Brasil, hoje, alguns guetos pré-iluministas. Irrelevantes na quantidade de integrantes e na qualidade das manifestações. Mas isso não torna menos grave a sua atuação. Instituições e pessoas de bem devem dar limites a esses grupos. Há diferença entre militância e bandidagem". Alexandre de Moraes postou na rede social: "O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocraticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá."
Há no Brasil, hoje, alguns guetos pré-iluministas. Irrelevantes na quantidade de integrantes e na qualidade das manifestações. Mas isso não torna menos grave a sua atuação. Instituições e pessoas de bem devem dar limites a esses grupos. Há diferença entre militância e bandidagem.
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) June 14, 2020
O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocraticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá.
— Alexandre de Moraes (@alexandre) June 14, 2020