Neste Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que mais de um milhão de casos são registrados por ano no mundo, ultrapassando 14 mil casos no Brasil, sem contar as subnotificações, e têm aumentado entre jovens. Para qualificar multiplicadores a lidarem com o problema, o site UniverSUS Brasil oferece cursos à distância para abordagem de adolescentes no combate ao suicídio e à automutilação.
Leia maisA revista Veja publicou neste domingo no Twitter nota repudiando uma polêmica declaração de seu colunista Ricardo Noblat, que postou na rede social link de um artigo de Ruy Castro, na Folha de S.Paulo, intitulado "Saída para Trump: matar-se", e escreveu: "Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais."
"VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria 'imitar' Donald Trump caso ele 'opte pelo suicídio'. Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país" escreveu o perfil oficial da revista.
Após a repercussão, Noblat apagou a postagem na rede social (printada na imagem acima) e disse que apenas compartilhou o artigo como parte de um "clipping diário da mídia" que costuma fazer, e desejou "vida longa" para Bolsonaro, "para que ele possa colher o que plantou".
Também no Twitter, o ministro André Mendonça (Justiça) afirmou que vai pedir abertura de inquérito policial contra dois jornalistas que "instigaram" os presidentes "a suicidar-se". Sem citar nomes, referiu-se a Noblat e a Ruy Castro, que escreveu o artigo na Folha sugerindo a Trump o suicídio e dizendo que Bolsonaro poderia imitar, comparando a situação dos dois a de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil que se matou em 1954 diante de uma crise política.
VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria "imitar" Donald Trump caso ele "opte pelo suicídio". Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país
— VEJA (@VEJA) January 10, 2021
Takahiro Shiraishi, de 30 anos, apelidado de "assassino do Twitter", foi condenado à morte no Japão acusado de matar nove pessoas e guardar as cabeças. Ele foi preso em 2017 depois que partes de corpos foram encontradas em sua casa e admitiu ter esquartejado as vítimas, oito mulheres e um homem, jovens entre 15 e 26 anos, que tinham tendências suicidas e ele conheceu na rede social. Ele dizia que poderia ajudá-las a morrer. Mais de 400 pessoas apareceram para assistir ao julgamento e ficaram do lado de fora, já que o tribunal tinha só 16 assentos disponíveis para o público. O apoio popular à pena de morte continua alto no Japão, um dos poucos países desenvolvidos a manter a pena capital, diz a BBC ao divulgar a notícia. O caso levou o Twitter a alterar suas regras para que usuários não "promovam ou encorajem" suicídio ou automutilação. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio e pode ser contatado pelo 188 (número gratuito) ou pelo site www.cvv.org.br.
A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul divulgou nota hoje sobre o caso do advogado Erick Gustavo Rocha Teran, de 43 anos, que morreu no início desta tarde depois de tentar matar a esposa, acadêmica de direito de quem estava se separando, e acertar um tiro na própria cabeça em Campo Grande, informando que "lamenta profundamente o ocorrido e pede que as autoridades investiguem as circunstâncias dos fatos". "A OAB-MS condena veementemente qualquer tipo de violência, contra quem quer que seja. Além disso, reafirma seu compromisso no combate à violência e cobra, o mais rápido possível, elucidação dos fatos, inclusive envolvendo profissionais desta Casa", diz a nota. O delegado Antônio Souza Ribas, plantonista da Depac Centro, disse à imprensa que o advogado chamou a mulher ao escritório que aluga em um prédio no Jardim dos Estados, área nobre da Capital, para discutirem a separação, quando acabaram brigando e ele a feriu com um taco de beisebol e disparou dois tiros que pegaram no braço dela. Sem saber que a esposa estava viva, ele se trancou no banheiro do imóvel e atirou contra a própria cabeça. Ferida, a mulher correu para uma conveniência próxima ao local e pediu ajuda. Levado pelos Bombeiros para a Santa Casa ainda com vida, ele faleceu no hospital.