Ao atacar supostos arsenais químicos do regime do ditador Bashar al-Assad na Síria, com apoio da Inglaterra e da França, alvos pequenos, Donaldo Trump avançou a casa mais delicada no perigoso xadrez das potências nucleares desde a chamada "Guerra Fria", à espera da reação imprevisível do líder da Rússia, Vladimir Putin, que vinha prometendo retaliar qualquer ofensiva na região. Na jogo político, o recado foi claro: é hora de os russos, se não quiserem comprar uma briga muito maior, negociarem uma saída de Assad do poder. E a primeira resposta russa, embora no campo diplomático, foi dura. "Nossos avisos foram ignorados", reagiu, em nota, a Embaixada da Rússia nos EUA. "Insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível. Os EUA - donos do maior arsenal de armas químicas - não têm moral para culpar outros países", emenda o comunicado.