A pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do procurador de justiça Aroldo José de Lima, o ministro Benedito Gonçalves, relator da ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), restabeleceu decisão de primeiro grau e deferiu o bloqueio de bens até o valor de pouco mais de R$ 16 milhões do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. O caso veio a público após a 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, por meio do promotor Adriano Lobo Viana de Resende, ajuizar ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, pedindo a indisponibilidade de bens para garantir a indenização de prejuízos aos cofres públicos municipais por conta da contratação de "funcionários fantasmas" e de pagamentos em duplicidade nos convênios do Município com as entidades Seleta e Omep, de 2012 a 2016, informa o site do MPMS. Cabe recurso contra a decisão.
O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) partiu hoje para o contra-ataque ao rebater declaração do prefeito Marquinhos Trad (PSD) à Rádio CBN Campo Grande (leia e ouça aqui) que ontem atribuiu a ele e aos demais antecessores – André Puccinelli (MDB), seu irmão Nelsinho Trad (MDB) e Gilmar Olarte – os problemas de convênios com a Seleta e a Omep que devem ser tema de matéria no Fantástico sobre a "farra das terceirizadas" no domingo. Também à CBN, Bernal declarou que Marquinhos é "useiro e vezeiro em faltar com a verdade". "Assim como ele fez com a taxa lixo, dizendo que não criaria e criou uma taxa do lixo pesadíssima, agora vem jogar a responsabilidade, que é dele, sobre os ombros dos outros. Quem criou esse problema com as terceirizadas foi o grupo político ao qual ele pertence", afirmou Bernal, dizendo ter sido ele que "descobriu e denunciou esses problemas". Ouça a íntegra em áudio no ícone abaixo.