O Rio Paraguai chegou ao seu nível mais baixo já medido, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), atingindo a marca de 62 centímetros abaixo da cota de referência, inferior à mínima histórica anterior de 61 centímetros abaixo da cota, registrada em 1964. A série de medições pela Marinha começou no ano de 1900, no posto de Ladário (MS).

Quase três milhões de hectares de vegetação do Pantanal destruídos por incêndios neste ano reduziram drasticamente fontes de alimento e de água, provocando o fenômeno chamado "fome cinzenta", o que tem levado voluntários a alimentarem animais silvestres que sobreviveram ao fogo. 

Campo Grande permanece hoje com o céu encoberto por fumaça, como tem sido rotina nestes primeiros dias de setembro, devido a queimadas florestais. A cidade é uma das quatro capitais do país cujo ar foi classificado como insalubre por uma plataforma suiça que monitora a qualidade do ar no planeta.

O Brasil enfrenta a pior seca em 70 anos. Desde 1950, não se registrava situação tão grave no país, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo para baixa umidade para Mato Grosso do Sul mais 14 estados e o Distrito Federal. Em MS, oito cidades registraram clima de deserto ontem, duas com só 7% de umidade, próximos aos 5% do deserto do Atacama, o mais seco do mundo.

O nível do Rio Paraguai chegou à marca negativa de -0,01 metro, menor nível dos últimos sete anos, conforme os dados divulgados pelo 6° Distrito Naval da Marinha sediado em Corumbá.