Presos desde o início de março no Paraguai após entrarem no país com passaportes e outros documentos adulterados, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis seguirão detidos no país vizinho depois de a Quarta Câmara do Tribunal de Recursos paraguaio ter rejeitado, na sexta-feira, recurso da defesa pedindo a liberdade condicional dos ex-jogadores. Depois de ficar 32 dias em uma prisão paraguaia, Ronaldinho pagou US$ 1,6 milhão de fiança e no dia 7 de abril foi com o irmão para um hotel de Assunção (veja aqui), onde seguem em prisão domiciliar por não terem endereço fixo no Paraguai e haver o risco de fugirem de volta para o Brasil, conforme a Justiça paraguaia.
#Ronaldinho Un tribunal declaró inadmisible la apelación general presentada por los abogados del exfutbolista y su hermano, detenidos en Paraguay desde marzo por uso de documentos públicos de contenido falso.https://t.co/mHrXgwzQAt
— ABC Digital (@ABCDigital) July 10, 2020
Presos há 32 dias em Assunção, os ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis conseguiram hoje o direito a cumprir prisão domiciliar em um hotel na capital do Paraguai, enquanto corre o processo por terem entrado no país vizinho com documentos adulterados no início de março. A defesa depositou US$ 1,6 milhão (R$ 8,3 milhões) no Banco Nacional de Fomento como garantia de que os dois brasileiros não deixarão o país. Em caso de fuga, o dinheiro será resgatado pela Justiça paraguaia. As condições foram aceitas pelos irmãos hoje em audiência por videochamada com o juiz paraguaio Gustavo Amarilla. Veja o vídeo exibido pela rádio ABC Cardinal.
[AHORA] Caso #Ronaldinho: Videollamada entre Ronaldinho, su hermano y el juez Gustavo Amarilla.
— ABC Cardinal 730 AM (@ABCCardinal) April 7, 2020
???? Ambos aceptaron las medidas y ahora serán trasladados a hotel donde cumplirán prisión domiciliaria.#730AM - https://t.co/1KK3N26YQr pic.twitter.com/AE1Eoesf1k
Ronaldinho Gaúcho marcou cinco gols e deu seis assistências em um jogo de presos que terminou com goleada de 11 a 2 para seu time no campo da Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, presídio de Assunção, onde está com o irmão Assis desde que foram flagrados na capital do país vizinho usando documentos falsos. Citando como fonte a ABC TV do Paraguai, o Estadão informa neste sábado que Ronaldinho atuou no time de Fernando Gonzalez Karjallo, ex-dirigente do Sportivo Luqueño, preso por lavagem de dinheiro. No campo jurídico, o ex-jogador e o irmão sofreram mais uma derrota nesta sexta-feira, com a rejeição pela Justiça paraguaia de novo pedido da defesa para que os dois fossem para prisão domiciliar. Veja o vídeo postado no Twitter pelo jornalista esportivo paraguaio Edgar Cantero.
Si hay foto, hay video. Aqui va uno de los goles de @10Ronaldinho dentro de la Agrupación Especializad; el que le dio el pase no duerme más
— Edgar Cantero (@edgar_cantero) March 14, 2020
???? : @HernanRSotelo#CasoRonaldinho pic.twitter.com/HBsRc4rG9U
O promotor Federico Delfino, do Ministério Público do Paraguai, decidiu não acusar Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis, que foram flagrados portando passaportes e identidades paraguaios no país vizinho, e pediu à Justiça que ambos fossem liberados como saída processual, por considerar que eles foram enganados por terceiros e colaboraram com as investigações. Delfino anunciou hoje que denunciou outras três pessoas, o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lima e duas paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero. Conforme o Estadão, foi nos nomes das duas mulheres que habitam um dos bairros mais pobres de Assunção que os passaportes paraguaios foram emitidos e depois adulterados para acrescentar os nomes e fotografias de Ronaldinho e de Assis. Também foi solicitada a prisão preventiva de Sousa Lira, acusado de produzir documentos falsos e outros crimes. Outras pessoas, inclusive servidores públicos, estão na mira do MP paraguaio.
Caso Ronaldinho: Salida procesal para el exjugador de fútbol y su hermano por colaborar con la investigación. Otros tres fueron imputadoshttps://t.co/vyiiss5exb pic.twitter.com/PcTVRzVE7Y
— Fiscalía Paraguay (@MinPublicoPy) March 6, 2020