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Renan elogia o Bolsonaro que 'colocou o Coaf em seu devido lugar', agiu contra o 'corporativismo do MP' e sancionou Lei do Abuso

Para 'evitar constrangimentos', Rodrigo Janot pediu suspensão do registro de advogado à OAB-DF

Conforme site Jota, Janot foi para Belo Horizonte em avião da FAB no dia 10 de maio de 2017 e só voltou ao DF no dia 15
A história contada por Rodrigo Janot de que entrou armado no Supremo no dia 11 de maio de 2017 com intenção de matar Gilmar Mendes e se matar em seguida, apresenta inconsistências que colocam em dúvida a narrativa do ex-PGR, diz o site Jota. Conforme a reportagem reproduzida pelo O Antagonista (leia aqui), o então procurador-geral da República viajou para Belo Horizonte um dia antes em avião da FAB (que confirmou o pedido) para compromissos na Procuradoria Regional da República em Minas e também proferiu uma palestra na UFMG, e só retornou a Brasília no dia 15 de maio. Ao concluir a notícia, o repórter Felipe Recondo afirma: "Janot não matou Gilmar Mendes, nem foi armado ao tribunal quando disse ter ido. Mas, uma parte da sua versão, figurativamente, condiz com a realidade: Janot cometeu um suicídio profissional e prejudicou, com sua história, a Lava Jato, o Ministério Público e seus ex-assessores."




Rodrigo Janot na época de procurador-geral da República em visita ao procurador-geral do MP de SP Márcio Elias Rosa

Após caso Janot, OAB ingressou com ação no Supremo pedindo que 'todos' passem por detector de metais

A direção nacional da OAB ingressou com ação no Supremo pedindo que as Cortes de todo o País submetam membros da magistratura, do Ministério Público e das demais instituições públicas ou privadas à inspeção com uso de detector de metais, como já acontece com advogados ao adentrarem nas sedes do Judiciário. A entidade já vinha reclamando do fato de advogados serem obrigados a passar por detectores e a OAB-MS acionou recentemente o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra esse tipo de abordagem em sedes do Judiciário de Mato Grosso do Sul conforme aqui divulgado. Ontem, o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, ingressou com a ação no STF pedindo isonomia no acesso ao Judiciário, após o ex-procurador da República Rodrigo Janot ter revelado que entrou armado no Supremo em 2017 para matar o ministro Gilmar Mendes. "Hoje, como as revistas são restritas à advocacia, impôs-se um privilégio inaceitável, na fiscalização, que traz graves problemas", diz a OAB. Leia aqui a nota e aqui a íntegra da Ação Direta de Insconstitucionalidade.





Após revelar que teve intenção de matar Gilmar Mendes em 2017, Janot está proibido de se aproximar do STF

Gilmar Mendes quer Supremo proíba Janot de entrar na Corte e que fique sem porte de armas

Em nota, Gilmar Mendes aproveitou para voltar a criticar a Lava Jato e aconselha Janot a buscar 'ajuda psiquiátrica'
"Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas", ironizou Gilmar Mendes ao comentar a revelação do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que foi armado ao Supremo em 2017 com a intenção de matá-lo e se matar depois. Em nota à imprensa, o ministro do STF lamentou que "parte do processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas", disse que sua "intenção suicida" era só pelo "livramento da pena" em ato de "oportunismo e covardia". Afirmou ainda que o combate à corrupão no Brasil "tornou-se refém de fanáticos" e recomendou a Janot buscar "ajuda psiquiátrica". E no Twitter (veja abaixo) Gilmar volta a criticar a Lava Jato que, sob comando de Janot, teve seu período mais ativo: "É difícil não imaginar os abusos cometidos ao acusar e processar investigados"
 
Leia a íntegra da nota:
 
"Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia.
 
O combate à corrupção no Brasil — justo, necessário e urgente — tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder. Dentro do que é cabível a um ministro do STF, procurei evidenciar tais desvios. E continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal.
 
Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.
 
Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da corte constitucional do país.
 
Recomendo que procure ajuda psiquiátrica. Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal.
 

Acho que nada precisa ser acrescentado."





Gilmar e Janot: ao justificar porque não concretizou sua intenção, Janot disse que 'foi a mão de Deus'

Carlos Marun usa pela terceira vez no Facebook foto de Janot em bar, na troca de provocações com o ex-PGR nas redes sociais

Como havia feito em abril (veja aqui), Carlos Marun voltou a publicar no Facebok, desta vez com um monte de "kkks", a foto de Rodrigo Janot conversando com Pierpaolo Bottini, que foi advogado de Joesley Batista, em um bar de Brasília, para responder nova provocação postada pelo ex-procurador-geral da República que escreveu "Kkkkkkkkkkkkk rindo alto kkkkkkkk" ao postar no Twitter link do Estadão com a notícia intitulada "Marun aponta 'conspiração asquerosa' contra o governo e Temer", sobre a entrevista do ministro que apontou uma "perseguição" da PF que queria mandados para fazer busca e apreensão em seus endereços (leia aqui). Veja abaixo as postagens de Janot e Marun.