Um dos principais corredores do transporte coletivo urbano de Campo Grande, ligando bairros da saída para São Paulo ao Centro, a Rua Rui Barbosa vai ganhar pontos de ônibus semelhantes aos instalados na Avenida Bandeirantes e na Rua Brilhante, que geraram reclamações de alguns comerciantes e motoristas por ocuparem uma das pistas das vias. "Ali será um pouco diferente da Brilhante e da Bandeirantes, por estar na região central, então teremos uma iluminação diferente, o mobiliário público também será trocado e haverá requalificação das calçadas. Mas o ponto será o mesmo feito nas duas vias", disse ao Correio do Estado o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, informando que a obra do Reviva Centro deve ser licitada a partir do mês que vem e devem durar um ano e meio após iniciadas.
A revitalização da Rua 14 de Julho inaugurada na noite anterior pelo prefeito Marquinhos Trad já ajuda a atrair a população para a região central de Campo Grande, marcada pela decadência e fechamento de lojas nas últimas décadas (leia aqui) diante das crises econômicas e concorrência dos shoppings. Otimistas com o reaquecimento das vendas neste fim de ano impulsionado pelos pagamenos do décimo-terceiro salário e de saques do FGTS autorizados pelo governo, lideranças do comércio acreditam na retomada do investimento privado na região. Mas advertem sobre a necessidade de se evitar a especulação. "Pessoalmente eu acredito que a revitalização vai contribuir para incentivar os investimentos da iniciativa privada e a retomada da força comercial da região. Mas é preciso salientar que os valores dos aluguéis na região já estão muito elevados e precisam ser revistos para não inviabilizar os empreendimentos", disse ao blog neste sábado o empresário Roberto Oshiro, secretário-geral da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).
Caiu 3,43% em comparação ao ano passado o número de imóveis fechados no no quadrilátero que compreende as ruas Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, Calógeras e 13 de Maio, na área central da Capital, diz levantamento feito em março pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). Em 2017, primeiro ano da pesquisa (veja aqui), eram 204 imóveis fechados, que chegaram a 211 em 2018 e voltaram a ser 204 neste ano. A Rua 14 de Julho, em obras do Reviva, foi única com aumento no número de imóveis fechados. João Carlos Polidoro, presidente da associação, diz que, depois dos transtornos, é grande a expectativa com a revitalização do Centro. "Esperamos que o cronograma da obra seja cumprido, e que a pesquisa do próximo ano traga o menor número possível de imóveis fechados", comentou.