Menos de 24 horas depois de declarar à revista Veja, ao O Globo, ao Estadão e a outros jornais que o tenente-coronel Mauro Cid iria apontar Jair Bolsonaro (PL) como mandante da venda de joias recebidas como presentes pela Presidência da República, o advogado Cezar Bitencourt, que assumiu a defesa do militar na terça-feira, disse hoje à GloboNews que seu cliente não vai "dedurar" o ex-chefe.
Leia maisO advogado Cezar Bitencourt, que assumiu a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, afirmou à revista Veja que chega às bancas neste fim de semana que seu cliente vai admitir à Justiça que vendeu joias nos Estados Unidos, transferiu o dinheiro clandestinamente para o Brasil e entregou em espécie, para não deixar rastros, a Jair Bolsonaro. É a primeira vez que Bolsonaro é citado diretamente no suposto esquema de negociação de joias doadas à Presidência da República investigado pela Polícia Federal.
Leia maisA revista Veja publicou neste domingo no Twitter nota repudiando uma polêmica declaração de seu colunista Ricardo Noblat, que postou na rede social link de um artigo de Ruy Castro, na Folha de S.Paulo, intitulado "Saída para Trump: matar-se", e escreveu: "Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais."
"VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria 'imitar' Donald Trump caso ele 'opte pelo suicídio'. Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país" escreveu o perfil oficial da revista.
Após a repercussão, Noblat apagou a postagem na rede social (printada na imagem acima) e disse que apenas compartilhou o artigo como parte de um "clipping diário da mídia" que costuma fazer, e desejou "vida longa" para Bolsonaro, "para que ele possa colher o que plantou".
Também no Twitter, o ministro André Mendonça (Justiça) afirmou que vai pedir abertura de inquérito policial contra dois jornalistas que "instigaram" os presidentes "a suicidar-se". Sem citar nomes, referiu-se a Noblat e a Ruy Castro, que escreveu o artigo na Folha sugerindo a Trump o suicídio e dizendo que Bolsonaro poderia imitar, comparando a situação dos dois a de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil que se matou em 1954 diante de uma crise política.
VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria "imitar" Donald Trump caso ele "opte pelo suicídio". Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país
— VEJA (@VEJA) January 10, 2021
Bolsonaro, como se sabe, costuma preservar os auxiliares até o momento em que a coisa começa a prejudicar a sua popularidade."
Bolsonaro é covarde. https://t.co/c0bI9TRma3
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 9, 2021
A revista Veja divulgou ontem no Twitter chamada de matéria intitulada "Carlos Bolsonaro é contra Regina Duarte na Secretaria de Cultura" e o vereador do Rio respondeu à publicação: "Teucu". O perfil da Veja na rede social respondeu: "Em vez de xingar, dê uma resposta direta: o senhor é a favor dela? Se for, reconheceremos o nosso erro." O filho zero dois do presidente rebateu: "Fazem a matéria afirmando uma mentira descarada e agora vão conferir se é verdade ou não? Teucu de novo!"
Fazem a matéria afirmando uma mentira descarada e agora vão conferir se é verdade ou não? Teucu de novo! pic.twitter.com/hljM5Qup6Y
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) January 21, 2020
Em depoimento inédito ao MP de São Paulo divulgado hoje pela revista Veja, o empresário Marcos Valério, um dos operadores do Mensalão do PT, contou que Lula seria um dos mandantes da morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002. Conforme a revista, Valério disse que o ex-deputado do PT, Professor Luizinho, "lhe confidenciou que Celso Daniel topou pagar com recursos da prefeitura a caravana de Lula pelo país, antes da eleição presidencial de 2002, mas não teria concordado em entregar a administração à ação de quadrilhas e àqueles que visavam ao enriquecimento pessoal". Valério afirmou que Lula e José Dirceu foram chantageados pelo empresário de Santo André, Ronan Maria Pinto, que ameaçava implicá-los na morte do prefeito, e que o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, pediu para que ele pagasse o chantagista. Ele diz ter consultado José Dirceu, que afirmou: "Vá e resolva". O pagamento teria sido feito em um hotel de SP por Valério e o então tesoureiro do PT Delúbio Soares, com verba do Banco Schahin que "emprestou" R$ 12 milhões ao partido em troca contrato com a Petrobras. Por fim, Valério relata que falou com Lula que o problema havia sido resolvido, e o então presidente teria respondido: "ótimo, graças a Deus". Ao comentar a notícia, o presidente Jair Bolsonaro escreveu hoje no Twitter: Marcos Valério alega que o corrupto presidiário Lula é um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel! Surpreso? Não!"
Marcos Valério alega que o corrupto presidiário Lula é um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel! Surpreso? Não!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 25, 2019