Campo Grande ficou com a sétima pior nota entre as capitais brasileiras para os anos iniciais da rede pública de ensino em 2023, conforme dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) de Mato Grosso do Sul entregou nesta semana 1.403 aparelhos de telefone celular apreendidos em unidades penais de regime fechado de Campo Grande para a Secretaria Municipal de Educação (Semed), para que sejam usados para alunos que não têm meios para participar de aulas remotas em época de pandemia de covid-19. Autorizada pela 1ª Vara de Execuções Penais da Capital, a medida faz parte do projeto Transforme, idealizado pelo Ministério Público Estadual, inspirado no projeto Alquimia II, do MP gaúcho. Antes de serem entregues à Semed, os aparelhos serão higienizados e formatados com configuração para uso escolar por alunos do curso de Análise de Sistemas da Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande (FESCG).

As escolas da rede pública estadual de Mato Grosso do Sul terão "ensino híbrido", com aulas presenciais e à distância a partir do ano que vem, devido à covid-19. É o que prevê o Protocolo de Volta às Aulas, elaborado por uma comissão de 21 instituições e anunciado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) ontem em live com participação do governador Reinaldo Azambuja. "O protocolo dessas 21 instituições deve ser seguido à risca. Nós estamos vivenciando um momento de luz amarela, de novo, no mundo e no Brasil também. O risco de um novo surto preocupa a todos. Isso se deu devido ao relaxamento expressivo de toda a sociedade, do uso de máscara, da higiene, do distanciamento social, das aglomerações. Esse protocolo é importante, norteia as ações, mas é a ciência que vai nos dizer se vamos voltar ou não. Vamos continuar ouvindo a ciência", afirmou. A secretária de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, disse que os materiais escolares já foram adquiridos e cada aluno receberá três máscaras reutilizáveis; e o ensino a distância será possível graças a parceria com o Google.

O Governo de Mato Grosso do Sul prorrogou para até 30 de junho a suspensão das aulas presenciais na Rede Estadual de Ensino, conforme decreto publicado ontem no Diário Oficial do Estado. Com isso, os 210 mil estudantes matriculados nas 345 escolas estaduais seguirão com  aulas remotas a partir da próxima terça-feira, quando termina o recesso escolar iniciado no dia 4 deste mês. No decreto, o governo também orienta prefeituras e escola privadas de educação básica a adoção a medida, em prevenção ao avanço da Covid-19.

Professores da rede pública estadual de Mato Grosso do Sul decidiram nesta tarde em assembleia dos 74 sindicatos municipais na sede da federação da categoria, a Fetems, em Campo Grande, aceitar a proposta salarial do governo Reinaldo Azambuja (PSDB). Para o presidente do Simted de Bataguassú, professor Paulo Antonio dos Santos, a atual crise econômica no país e um cenário de arrocho salarial não deixa muita margem para negociar com os governos. "Seria melhor o cumprimento da legislação como foi aprovada em 2015. Porém, diante do quadro que foi debatido com a categoria, os trabalhadores e trabalhadoras em educação entenderam que é melhor manter essa politica de promoção de um ganho real nos últimos anos, apostando no cumprimento integral das etapas que estão sendo negociadas, e mantendo a integralização do piso até 2020, por 20 horas, em Mato grosso do Sul. Uma política que nos levou a um dos melhores salários do Brasil", disse o presidente da Fetems, Jaime Teixeira.