O deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) agora é médico aposentado, aos 62 anos de idade, pelo serviço público estadual de Mato Grosso do Sul, com salário integral, conforme decreto do governador Reinaldo Azambuja publicado nesta semana no Diário Oficial. Questionado sobre críticas que circulam na internet sobre integrar a base de Michel Temer, cuja proposta da Reforma da Previdência original prevê 65 anos de idade e 49 de contribuição para aposentadoria integral, Geraldo respondeu hoje aqui ao Blog que poderia ter optado pela aposentadoria de deputado, cujo valor é três vezes maior do que os cerca de R$ 10 mil mensais que receberá como médico aposentado, mas preferiu se aposentar como servidor do Estado. E frisou que sua aposentadoria está dentro da lei.
"Se somar os mandatos de vereador por Dourados, de deputado estadual e aqui no Congresso, eu já teria tempo para me aposentar quase que com o salário integral de um deputado federal (cerca de R$ 33 mil atuais). Como médico, atuei mais de 20 anos em postos de saúde na periferia e na zona rural de Dourados e conciliei o trabalho com meus mandados de vereador e de deputado estadual, atendendo quem estivesse na fila, quase sempre extrapolando o horário. Continuei pagando a previdência estadual (Ageprev) e abri mão da aposentadoria parlamentar", afirmou, por telefone, de Brasília, o deputado, informando que depois de se eleger federal pediu licença não-remunerada da atividade de médico.
Geraldo Resende lamentou críticas na internet dizendo que ele votou a favor da Reforma da Previdência. "A reforma nem foi votada ainda. As pessoas se acostumaram a criticar o político apenas por criticar, sem se informar. Mesmo votando, minha aposentadoria está dentro de todos os critérios, seja na atual legislação, seja na prevista pela reforma para me aposentar com proventos integrais, pois estarei na regra de transição 35 anos de trabalho e 62 anos de idade" disse o deputado, que também mandou uma mensagem de voz via WhatsApp. Ouça abaixo.