O governador do Rio de Janeiro afastado do cargo, Wilson Witzel (PSC), foi acusado de cobrar 10% de sete prefeituras para repassar verbas do Fundo Estadual de Saúde aos municípios de Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi, Itaboraí, Magé, Saquarema e São Gonçalo. A denúncia foi feita em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) pelo empresário Edson Torres. Segundo o MPF, Torres afirmou que o dinheiro ia para o Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC e figura importante no governo Witzel, que foi preso no dia 28 de agosto pela Polícia Federal na investigação do esquema de corrupção no Rio. Conforme a delação, em setembro do ano passado o então secretário de Saúde, Edmar Santos, foi alertado sobre a dificuldade de cumprir o coeficiente mínimo de aplicação de recursos da Saúde e criou o esquema para distribuir R$ 600 milhões aos municípios pelo fundo, para que os valores entrassem no cálculo, como prevê a Constituição. No Twitter, Witzel rebateu as acusações (leia abaixo) dizendo que "Edmar e Edson Torres, bandidos confessos, se infiltraram no Governo e agora querem me incriminar".
Com eles foram encontrados milhões. Comigo, um centavo sequer! Tenho convicção de que voltarei a governar o RJ e continuarei implacável no combate à corrupção. Este é o temor das máfias que atuam no nosso Estado.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) September 21, 2020
Sérgio Harfouche (PSC) deve substituir Simone Tebet (MDB) como candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul. O procurador licenciado do MP, anunciado a vice na chapa do MDB, deve assumir a candidatura no lugar da senadora, que teria alegado motivos pessoais para não disputar as eleições. A mudança divulgada há pouco pelo site Midiamax, foi confirmada pelo Blog com liderança do MDB. O anúncio, informou a fonte ao Blog, só deve ocorrer na terça-feira, véspera do prazo final para registro de candidaturas na Justiça Eleitoral. Por enquanto, de seis candidatos anunciados, conforme aqui divulgado ontem, só dois registraram candidatura ao governo até agora: o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o juiz aposentado Odilon de Oliveira.
Com o procurador licenciado Sérgio Harfouche de vice com aval do PSC após convite feito na noite anterior conforme foi aqui antecipado, a senadora Simone Tebet foi confirmada candidata ao Governo de Mato Grosso do Sul em convenção do MDB neste sábado em Campo Grande, em substituição ao ex-governador André Puccinelli, preso há 15 dias preventivamente na Operação Lama Asfáltica. Em discurso, Simone homenageou o pai, o falecido ex-senador Ramez Tebet, e André, dizendo que aceitou ser candidata "por ele, por nós e por Mato Grosso do Sul".
A decisão de Sérgio Harfouche de colocar seu nome no PSC para disputar o Governo de MS abriu diálogo com o Podemos do pré-candidato ao Senado Chico Maia, que, embora esteja mais próximo da candidatura do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT) para governador, andou demonstrando descontentamento com esse namoro (leia aqui). Indagado sobre a possibilidade de se unir a Harfouche, Cláudio Sertão, presidente regional do Podemos, disse hoje ao Blog: "Na verdade, houve uma reunião e estamos conversando. Existe um grande interesse dele no Podemos". Entre Odilon e Harfouche, a decisão do Podemos deve sair até sexta-feira (3) da semana que vem, data da convenção da sigla.