Jair Bolsonaro usou o Twitter neste sábado em defesa de seus decretos sobre armas de fogo que foram rejeitados pela CCJ do Senado nesta semana. Na mensagem, o presidente pede aos eleitores que cobrem dos senadores de seus estados a aprovação em plenário na terça-feira: "A CCJ do Senado decidiu revogar nossos decretos sobre CACs e posse de armas de fogo. Na terça (18), o PL será votado no plenário. Caso aprovado, perdem os CACs e os bons cidadãos, que dificilmente terão direito de comprar legalmente suas armas. Cobrem os senadores do seu Estado."
A CCJ do Senado decidiu revogar nossos decretos sobre CACs e posse de armas de fogo. Na terça (18), o PL será votado no plenário. Caso aprovado, perdem os CACs e os bons cidadãos, que dificilmente terão direito de comprar legalmente suas armas. Cobrem os senadores do seu Estado.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 15 de junho de 2019
O presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP) disse no Twitter que tomará "providências necessárias para garantir a proteção e a liberdade de expressão constitucional e política de cada legislador", sobre ameaças que teriam sido recebidas por quatro senadores contrários ao decreto de Jair Bolsonaro que flexibiliza a posse e porte de armas no Brasil. A denúncia partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que afirma ter recebido ameaças por telefone e via WhatsApp e relatou que pelo menos mais três colegas também teriam sido ameaçados: Eduardo Girão (Podemos-CE), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) e Fabiano Contarato (Rede-ES). Rejeitado nesta semana na CCJ do Senado, o decreto vai à votação no plenário da Casa na próxima terça-feira.
Espero, sinceramente, que os que cometem esse tipo de crime repensem seus atos que pesam não só contra a pessoa de cada parlamentar, mas contra a própria manifestação democrática
— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) 14 de junho de 2019
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse ao Midiamax que vai votar contra o decreto de Jair Bolsonaro que flexibiliza as normas para posse e porte de armas no Brasil. Derrubada por quinze votos a nove ontem na CCJ, presididida por Simone (leia aqui), a proposta do presidente deve ser votada em plenário do Senado na próxima terça-feira. Ao site de Campo Grande, Simone afirmou que votará pela inconstitucionalidade do decreto. "Não se muda lei por decreto", afirmou. Aqui ao Blog hoje, a assessoria de Simone disse que a senadora "não está discutindo mérito, está discutindo que porte de armas tinha que ser votado pelo Congresso, com quase 600 representantes da sociedade, e não apenas pelo presidente da República".
O grupo Bandeirantes de comunicação divulgou editorial apoiando o decreto das armas do Jair Bolsonaro. "Crescem as equivocadas reações ao decreto das armas, a começar pelo entendimento errado da decisão. Não se trata de porte indiscriminado de armas. Nada a ver com a cena de um cidadão circulando pela cidade, quando bem entender, com um revólver na cintura. Não se fuja, no entendo, do fato de que as armas já estão na vida do País, mas nas mãos dos bandidos. Basta lembrar que mais de 90% dos crimes de morte são por armas clandestinas. Diante disso, a população decidiu nas urnas, o cidadão honesto exigiu o direito de ter a sua arma. O decreto de agora é a resposta dessa escolha democrática. Vamos respeitar a vontade popular", diz o texto lido pelo apresentador Rafael Colombo na BandNews. Veja o vídeo.
Editorial do Grupo Bandeirantes para o decreto das armas. #BandJornalismo pic.twitter.com/w8TEfZ8tye
— BandNews TV (@BandNews) 11 de maio de 2019