Com fumaça de incêndios florestais, a qualidade do ar em Mato Grosso do Sul só tem piorado. Em Corumbá, a "Capital do Pantanal", o ar está "muito insalubre", cerca de 25 vezes mais poluído que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em Campo Grande o ar está "insalubre", quase 20 vezes mais poluído do que o recomendado pela OMS. 

O Ministério Público Estadual (MPE) acionou a Justiça contra o Estado de Mato Grosso do Sul para cobrar a execução de medidas contra a poluição atmosférica e sonora de veiculos que, embora previstas na legislação federal, nunca foram implantadas em território sul-mato-grossense. O MP afirma que um Plano de Controle de Poluição Veicular chegou a ser aprovado em 2011 pelo Imasul e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, mas nunca saiu do papel. Na ação, o MP também cobra vistorias anuais do Detran-MS, conforme prevê a lei, para só liberar o licenciamento de veículos que passarem em vistoria.

Máscaras descartáveis são o novo lixo dos oceanos e já é rotina encontrá-las boiando nos mares ou jogadas nas praias. O diretor do Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes, que é formado em Biologia Marinha pela UFRJ e faz fotos da biodiversidade marinha carioca há mais de 20 anos, tem encontrado os acessórios contra a Covid-19 no mar do Rio de Janeiro desde julho, quando praias voltaram a ser liberadas para banhistas. "Vale lembrar que enxergamos na superfície apenas 15% do lixo oceânico. Se encontramos algo boiando, é só a ponta de um iceberg", disse Gomes ao jornal O Globo. "Em 30 anos, o plástico virou o item mais visto nos mergulhos marítimos, mas agora é como se, de uma vez só, tivesse surgido uma 'espécie nova' de lixo no ambiente aquático. Tartarugas e peixes já devem estar comendo as máscaras porque elas lembram muito uma água-viva", acrescentou o biólogo.

A CCJ do Senado aprovou nesta semana projeto que proíbe a venda de veículos novos movidos a gasolina e a diesel no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2030, liberando apenas veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, ou carros elétricos. Os que usam combustíveis fósseis também serão proibidos de circular a partir de 2040. Serão abertas apenas algumas exceções, como para carros de embaixadas ou de coleção. Autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), alega que esses veículos são responsáveis por um sexto das emissões de dióxido de carbono, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis causador do efeito estufa, que leva ao aquecimento global. Nogueira também lembra que outros países estão tomando decisões semelhantes, como a Noruega, que quer proibir a venda desses veículos já em 2025; a Índia a partir de 2030 e a França e o Reino Unido a partir de 2040. O texto agora segue para a Comissão de Meio Ambiente. (Com Agência Senado)

O Rio de Janeiro é a primeira capital brasileira a proibir canudos de plásticos em bares, restaurantes, barracas de praia e demais locais que vendem bebidas e alimentos visando a preservação da natureza. O comércio pode usar canudos de papel biodegradável ou material reciclável embalados com material similar. A fiscalização começou ontem, dia seguinte à publicação de decreto municipal. Por enquanto, comerciantes flagrados oferecendo os canudos proibidos estão sendo intimados a substituir o material em 60 dias. Depois disso, o infrator poderá ser multado em mais de R$ 1,6 mil. Se houver reincidência, a multa subirá para R$ 3 mil e, se insistir, pode dobrar para R$ 6 mil.

Simbolizando como a poluição humana está afetando a vida selvagem, a imagem acima viralizou nas redes sociais. A foto mostra um cavalo marinho se agarrando a um cotonete do lixo marítimo feita na Ilha Sumbawa, na Indonésia, por Justin Hofman, dos Estados Unidos, é uma das finalistas do prêmio "Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano" (Widlife Photographer of the Year 2017).