O governador do Rio de Janeiro afastado do cargo, Wilson Witzel (PSC), foi acusado de cobrar 10% de sete prefeituras para repassar verbas do Fundo Estadual de Saúde aos municípios de Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi, Itaboraí, Magé, Saquarema e São Gonçalo. A denúncia foi feita em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) pelo empresário Edson Torres. Segundo o MPF, Torres afirmou que o dinheiro ia para o Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC e figura importante no governo Witzel, que foi preso no dia 28 de agosto pela Polícia Federal na investigação do esquema de corrupção no Rio. Conforme a delação, em setembro do ano passado o então secretário de Saúde, Edmar Santos, foi alertado sobre a dificuldade de cumprir o coeficiente mínimo de aplicação de recursos da Saúde e criou o esquema para distribuir R$ 600 milhões aos municípios pelo fundo, para que os valores entrassem no cálculo, como prevê a Constituição. No Twitter, Witzel rebateu as acusações (leia abaixo) dizendo que "Edmar e Edson Torres, bandidos confessos, se infiltraram no Governo e agora querem me incriminar".
Com eles foram encontrados milhões. Comigo, um centavo sequer! Tenho convicção de que voltarei a governar o RJ e continuarei implacável no combate à corrupção. Este é o temor das máfias que atuam no nosso Estado.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) September 21, 2020