Parlamentares federais de Mato Grosso do Sul reuniram-se hoje em Brasília com o governador Reinaldo Azambuja e o governador eleito Eduardo Riedel (ambos do PSDB) para decidir a destinação dos recursos ao projeto de lei orçamentária de 2023. Ao todo são 15 emendas de bancada, no total de R$ 285 milhões. Dessas, foram de destinação obrigatória valores para garantir a continuidade das obras da Sul-Fronteira, BR- 419, do Aeroporto de Dourados, do Anel Rodoviário de Três Lagoas, e investimentos para a área de segurança pública.
Leia mais“A declaração comprova o que já sabíamos, só não podíamos provar. O orçamento secreto comprou a eleição para a presidência do Senado. Perdi a eleição para o orçamento secreto. Eis a versão 2.2 do mensalão”, afirmou ao Estadão a senadora e pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), depois que o jornal divulgou que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) recebeu R$ 50 milhões em emendas por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, que venceu a disputa com apoio do Planalto.
Leia maisO Congresso aprovou ontem o relatório final do Orçamento de 2022 que destina R$ 4,9 bilhões para campanhas eleitorais no ano que vem, inclui previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial de policiais federais defendido presidente Jair Bolsonaro (PL) de olho nas eleições e prevê R$ 16,5 bilhões para o "orçamento secreto". Na Câmara foram 358 votos a favor e 97 contra, e no Senado 51 contra 20. Todos oitos deputados federais e três senadores de MS votaram pela aprovação.
Leia maisA senadora Simone Tebet (MDB-MS) classificou como "piada" a votação e disse que o Congresso "rasga a Constituição" ao aprovar na noite anterior a legalização do "orçamento secreto", da chamada emenda de relator que permite destinar dinheiro à base política de um parlamentar sem que ele seja identificado, facilitando o uso do dinheiro público pelo governante de plantão para comprar apoio de deputados e senadores, o velho "toma-lá-dá-cá". Veja o vídeo.
Leia maisSusana Cordeiro Guerra, que estava na presidência do IBGE desde fevereiro doe 2019 indicada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), pediu demissão ontem, um dia depois de o Congresso aprovar o Orçamento da União deste ano com corte superior a 90% das verbas para realização do Censo 2021, que deveria ter sido feito no ano passado e foi adiado por causa da pandemia. Inicialmente, o orçamento pedido pelo IBGE para o Censo era de R$ 3,4 bilhões. Após pressão do governo federal, o instituto enxugou a pesquisa reduzindo perguntas e o custo caiu para cerca de R$ 2 bilhões. Porém, só R$ 71 milhões foram destinados à pesquisa no Orçamento da União – menos de 5% do acordado. "Sem o Censo em 2021, as ações governamentais pós-pandemia serão fragilizadas pela ausência das informações que alicerçam as políticas públicas com impactos no território brasileiro, particularmente em seus municípios", escreveram Susana Guerra e o diretor de Pesquisas do IBGE, Eduardo Rios-Neto, em artigo publicado pelo no O Globo na terça-feira e reproduzido no site do órgão. Em nota, o IBGE diz que Susana pediu exoneração por "motivos pessoais" e seguirá no cargo "até a transição para o novo presidente, a ser indicado". (Com G1)