A primeira vacina contra a malária foi aprovada em decisão histórica da OMS.

Autoridades russas anunciaram neste sábado que detectaram o primeiro caso de transmissão da cepa H5N8 da gripe aviária para humanos e que informaram a Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus é altamente contagioso entre as aves, mas a transmissão ao homem nunca havia sido relatada. A chefe da agência de saúde russa, Anna Popova, disse que cientistas do laboratório Vektor isolaram material genético de sete trabalhadores de uma fazenda no sul do país, onde uma epidemia de gripe aviária foi detectada em dezembro, mas que eles não tiveram problemas graves de saúde e se sentem bem. Até agora, essa variante do vírus não é transmitida de uma pessoa para outra. Como mutações de vírus são comuns, a OMS vai acompanhar o caso. Popova acredita que esta detecção precoce "dá ao mundo tempo para se preparar", criando testes e vacinas "no caso desse vírus ser mais patogênico e perigoso para os humanos, e adquirir a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa". (Com R7 e G1)

A pandemia de covid-19 que já matou mais de 1,7 milhão de pessoas em todo o planeta neste ano "é apenas um sinal de alerta", advertiu hoje o diretor de Emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS) Michael Ryan ao alertar que devemos nos preparar para pandemias piores. "O coronavírus é muito facilmente transmissível e mata, mas seus níveis de letalidade são relativamente baixos em relação a outras doenças emergentes, o que deve fazer com que nos preparemos, no futuro, para algo que seja ainda pior", declarou Ryan que, ao longo de sua carreira, já teve de lidar com doenças mais letais. Conforme a Agência France-Presse de notícias, o conselheiro da OMS Bruce Aylward reforçou que, apesar dos progressos científicos na luta contra a Covid-19, com a criação de vacinas em tempo recorde, a humanidade está muito pouco preparada ante a ameaça de futuras pandemias. "Estamos na segunda e terceira ondas do vírus e ainda não somos capazes de controlá-lo", lamentou. "Embora estejamos mais bem preparados, ainda não estamos o suficiente para a pandemia atual, e ainda menos para as futuras", emendou durante a última entrevista coletiva deste ano da OMS.

Campo Grande será a única cidade brasileira incluída em uma pesquisa iniciada em Melbourne, na Austrália, que também será feita em países da Europa para testar se a vacina BCG, contra a tuberculose, pode de fato ajudar na proteção contra o novo coronavírus. Estudos preliminares apontam que a vacina aplicada em crianças, conhecida por deixar uma cicatriz no ombro, reforça o sistema imonológico reduzindo as chances de outras infecções por vírus e bactérias. A pesquisa, financiada pela Fundação Bill e Melida Gates com aval da Organização Mundial da Saúde (OMS) visa confirmar se isso ocorre em relação à Covid-19. Em MS, o teste será feito aplicando uma nova dose da BCG em 2 mil profissionais de saúde municipais e estaduais que atuam no combate à Covid-19, por serem mais expostos à doença. Responsável pelo estudo, o médico infectologista Júlio Henrique Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da UFMS, diz que ainda não há data definida para o início do experimento, mas informou que a equipe do projeto já está sendo montada. "Essa vacina induz uma resposta intracelular no sistema imunológico e por isso pode ser benéfica para proteger contra a Covid-19, por ser um vírus intracelular", disse Júlio Croda ao Blog.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) disse ontem na sessão por videoconferência do Senado que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Casa, está "sendo cobrado" sobre as notícias divulgadas nesta semana informando do risco de o Brasil ser o último da fila para receber uma vacina contra a Covid-19, após nem ter sido convidado para a "Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19" que desde abril une governos de vários países em abril para juntar forças contra o vírus, por causa de críticas do presidente Jair Bolsonaro à Organização Mundial de Saúde (OMS). Como as comissões não estão funcionando no Senado, Nelsinho afirmou que não pode convocar os ministros a Saúde e da Ciência e Tecnologia para explicar porque o Brasil está fora dessa ação internacional. "O mundo vai acabar descobrindo uma vacina, uma quebra de patente, um remédio, e o Brasil tá fora desse contexto", alertou. Veja o vídeo.

Ovando afirma que a pandemia decorre de uma "sequência de erros" que começou "na China" e passou pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que "demorou a decretar pandemia que faculta aos países a fechar suas fronteiras". Diz que Bolsonaro se à crise ao decretar emergência no Brasil no dia 4 de fevereiro, sob críticas dos que diziam que não havia um só caso no país e não quiseram suspender o carnaval nem montar barreiras em aeroportos de olho no retorno econômico. Ovando também apoia o uso de hidroxicloroquina e cloroquina contra a Covid-19 defendido por Bolsonaro, e diz que que "o Ministério da Saúde insiste em negar a eficácia" desses medicamentos e só os liberou para "casos graves", o que "não funciona", pois "é para estado inicial". Veja o vídeo.

O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) afirmou que a declaração de pandemia mundial do novo coronavírus feita hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS) "não muda nada na prática e já era esperada" pelo Brasil. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que há mais de 118 mil casos em 114 países e o número de mortos ultrapassa 4,2 mil. "Para os próximos dias e semanas, esperamos um aumento de casos, de mortes e de países afetados", afirmou. Em Brasília, Mandetta declarou que as medidas já tomadas pelo Brasil vão continuar. "O nosso país é diferente de países pequenos. Uma coisa é você administrar a Itália, que vai dali até aqui, é menor do que Goiás. Nós somos um continente, a América do Sul. De Roraima ao Rio Grande do Sul. E vai ser natural que tenhamos estados em diferentes momentos. Então vamos ter que continuar com a vigilância", disse Mandetta, que hoje esteve na Câmara dos Deputados falando sobre as ações contra o novo vírus e ouviu do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o Parlamento vai atuar na agenda urgente para melhorar a economia e minimizar os impactos da pandemia. "Estamos à disposição para discutir não apenas leis, mas principalmente soluções que envolvam o nosso orçamento, já que sabemos que haverá necessidade de utilização de recursos que não estavam previstos", disse Maia, conforme a assessoria.