A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Contragolpe contra um grupo de militares e um agente federal que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 e teria elaborado um plano para matar os então eleitos presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre Moraes, do Supremo. 

A Justiça Militar condenou a um mês e dezoito dias de detenção o coronel da reserva Adriano Testoni, que xingou generais do Exército e demais integrantes das Forças Armadas no dia 8 de janeiro, durante a depredação das sedes dos três poderes em Brasília.

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, entregou na noite anterior ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório de fiscalização do processo eleitoral. No documento, os militares reconhecem que os resultados da Justiça Eleitoral e os boletins de urna apurados são idênticos, e fazem sugestões à Justiça Eleitoral. 

Insatisfeitos com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, militares do Alto Comando do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para informar que não endossam as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas, informa o G1.

A procura por uniformes militares dispararam mais de 1.000% nos sistemas de buscas pela internet nos útimos 28 dias, em relação ao  período do ano passado. Conforme o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio Lima, esses dados do Google indicam que a estratégia para os atos de apoio a Jair Bolsonaro no 7 de setembro é simular uma falsa adesão massiva de militares e policiais.

Depois de seu governo afastar o coronel da PM paulista Aleksander Lacerda que divulgava vídeos e postagens na internet convocando "amigos" para a manifestação do dia 7 de Setembro, em Brasília, em defesa de Jair Bolsonaro e contra adversários políticos do presidente e integrantes do Supremo, o governador João Doria (PSDB-SP) alertou hoje os demais governadores sobre o risco de "milícias bolsonaristas" armadas participarem de atos do tipo. O alerta foi feito na reunião do Fórum de Governadores, com participação de Reinaldo Azambuja (MS) que defendeu uma reunião com Bolsonaro e representantes do Supremo e do Congresso nasemana que vem visando reduzir a tensão entre os poderes da República.