Três senadores que se candidatam à Presidência do Senado contra a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-AM), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, abriram mão da disputa nesta tarde e declararam apoio à Simone Tebet (MDB-MS). Lasier Martins (Podemos-RS), Major Olímpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO), citaram reportagem do Estadão que revelou a distribuição de R$ 3 bilhões em verbas extras de emendas pelo governo federal para 250 deputados e 35 senadores em meio às eleições na Câmara e no Senado. Lançado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Pacheco é apoiado por Bolsonaro, assim como o deputado do Centrão Arthur Lira (Progressistas-AL) na Câmara. Simone atacou ação do governo de distribuir dinheiro a congressistas por meio de emendas parlamentares para garantir votação favorável a seus candidatos. "Espero que juntos possamos oferecer um novo pacto político, sem interesses individuais. Sem as barganhas políticas. Não tenho cargos, não tenho dinheiro de emendas nem apoios políticos oficiais, a não ser os apoios mais espontâneos vindos da sociedade", declarou a senadora. (Com Estadão)

O Senado barrou por 37 votos a 9 e uma abstenção, ontem, a indicação do embaixador Fabio Mendes Marzano como delegado permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra (Suiça). Foi o primeiro diplomata indicado pelo governo de Jair Bolsonaro rejeitado na Casa. Um dia antes, Marzano teve seu nome aprovado por unanimidade na Comissão de Relações Exteriores (CRE) presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS), mas na ocasião se recusou a responder à Kátia Abreu (PP-TO) como a imagem ambiental do Brasil prejudicava a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia. A senadora afirmou que o Itamaraty "está virando uma casa dos terrores, onde embaixadores não podem abrir a boca e dar opiniões" e tentou reverter seu voto em favor do diplomata, mas foi informada que isso não seria possível. Ontem, no plenário, o líder do PSL, Major Olímpio (SP), pediu a todos os senadores que votassem contra a indicação. "Que se faça outra indicação no começo do ano. Mas vir aqui dizer o que foi dito, de forma grotesca, e isso sair barato! 'Ah, mas eu sou do time do chanceler'. Para o inferno o chanceler! Respeito ao Senado, respeito aos senadores! Vamos todos votar contra esse cidadão", disparou.

Seguranças tiveram de apartar o senador Major Olímpio (PSL) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que trocaram insultos em evento hoje na sede do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) na capital paulista. A confusão começou quando Olímpio interceptou a chegada de Doria ao evento, sentando no carro oficial do governo e gritando palavras de ordem ao lado do deputado federal Coronel Tadeu (PSL). O governador deixou o carro e entrou a pé no local, chamado de "fujão" pelo senador, que acabou colocado para fora por seguranças. Olímpio alegou à imprensa que foi chamado por policiais que tinham sido obrigados a ficar desde as 7h no local esperando Doria para fazer imagens com ele. Em nota da assessoria, Doria disse que está "preocupado com a saúde dos brasileiros de São Paulo" e que o senador "deveria honrar o seu mandato e fazer o mesmo". No Twitter, o Major Olímpio postou um vídeo da confusão e Doria postou um vídeo da visita, sem citar o bate-boca com o senador. Veja abaixo.

O deputado federal pernambucano Luciano Bivar foi reeleito hoje presidente nacional do PSL por mais dois anos, em reunião da executiva da sigla em Brasília. No encontro foram também discutidas eventuais punições a deputados ligados a Jair Bolsonaro que demonstraram intenção de deixar o partido para seguir o presidente da República. Após a reunião, o senador Major Olímpio (SP) disse à imprensa que essas punições poderão ser aplicadas já na semana que vem e vão desde suspensão até expulsão por infidelidade, com o partido requerendo o mandato do parlamentar. Um dos alvos é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), atual líder da bancada na Câmara e presidente do diretório do PSL em São Paulo. Na segunda-feira, o irmão dele, Flávio Bolsonaro, que por ser senador não corre risco de perder o mandato, entregou ao partido sua carta de desfiliação.

A guerra envolvendo lideranças do PSL e o presidente Jair Bolsonaro continua. Nesta sexta-feira, antes de convenção do partido, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse à imprensa que Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro "atrapalham em tudo" e sugeriu a indicação dos filhos do presidente para embaixadas para dar "sossego ao presidente". "Em vez de ter uma embaixada para um, se a gente arrumasse três embaixadas e os três ficassem três anos fora do Brasil, o presidente ia avançar em muito. Ele ia ter sossego", ironizou Olímpio em entrevista exibida pelo Jornal Hoje, da Globo. O senador também defendeu a saída imediata de Eduardo e Flávio Bolsonaro do comando do PSL de São Paulo e do Rio, e disse à imprensa que não ter medo de retaliações. "Eu não tô preocupado se é filho do presidente. É filiado ao partido e vai ter o mesmo tratamento respeitoso quando se deem o respeito. E quando não se dê o respeito vai ter o embate", afirmou.

Depois da decisão do Supremo de minar as forças da Lava Jato, parlamentares reagem no Congresso. Os deputados federais Jerônimo Goergen (PP-RS) e Kim Kataguiri (DEM-SP) vão protocolar nesta sexta-feira na Câmara um projeto de lei pedindo para retirar das cortes eleitorais a competência para julgar crimes comuns, informa a Folha de S.Paulo. Ambos são ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL). E o senador Major Olímpio (SP), líder do PSL, anunciou no Twitter que apresentou ontem no Senado para reverter a decisão do STF e permitir a continuidade da Lava Jato.

Adversários de Renan Calheiros na disputa pela presidência do Senado se reunirão amanhã de manhã em um hotel de Brasília, para tentar unificar candidaturas. Simone Tebet (MDB), Álvaro Dias (Podemos), Esperidião Amin (PP), Major Olímpio (PSL), Tasso Jereissati (PSDB) e Davi Alcolumbre (DEM) confirmaram presença, informa O Antagonista. "Estamos buscando convergência em torno de um nome que possa representar essa mudança. Se fatiarmos o campo da mudança, corremos o risco de não mudar", disse Álvaro Dias ao site. O encontro acontecerá horas antes da nova reunião do MDB que definirá entre Renan e Simone a candidatura da sigla para a eleição da Mesa do Senado marcada para sexta-feira, após a posse dos eleitos.