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Tereza Cristina diz que nunca apoiou Eduardo Cunha e afirma que acusação contra ela é 'mentirosa'

Trecho da delação de Funaro à PGR e Joesley Batista com Michel Temer durante inauguração da Eldorado em Três Lagoas

Michel Temer veio à inauguração da Eldorado celulose, em Três Lagoas (MS), em dezembro de 2012, como presidente em exercício, para prestigiar o evento da holdingJ&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista "em sinal de agradecimento" por propina recebida do grupo, disse em delação premiada o doleiro Lúcio Funaro, que também esteve presente ao evento (leia aqui "O doleiro e o teco-teco em Três Lagoas). Funaro contou à Procuradoria-Geral da República (PGR), em 24 de agosto deste ano, que, além de Temer, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (todos do PMDB) levaram 3,2% de cerca de R$ 32 milhões obtidos por empréstimo pela Eldorado da Caixa Econômica Federal. Funaro disse ainda que a propina foi paga a ele por meio de emissão de notas fiscais frias e que, em seguida, teria repassado o dinheiro para Cunha, "que ficou responsável por distribuir o montante entre Henrique Alves e Michel Temer". (Com CampoGrandeNews)





Temer e Maia: clima desagradável na semana em que a CCJ vai analisar relatório sobre denúncia contra o presidente

Em nota, advogado se retrata dizendo que não sabia que vídeos de Funaro foram divulgados no site da Câmara
Um dia depois de classificar como "criminoso vazamento" a divulgação dos vídeos da delação do doleiro Lúcio Funaro – que não foram vazados, pois estão publicados desde o dia 29 de setembro no site oficial da Câmara (veja aqui) – o advogado Eduardo Pizarro Carnelós, que representa Michel Temer, enviou nota à imprensa neste domingo dizendo que desconhecia que a Câmara havia divulgado os vídeos, conforme informou ontem a TV Globo, e frisando que jamais pretendeu imputar ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), "a prática de ilegalidade, muito menos crime". Carnelós, entretanto, reitera "que a divulgação daqueles vídeos pela imprensa causa prejuízos ao Presidente da República". "Não se pode admitir o uso da palavra do confesso criminoso para influenciar os membros da Câmara, que votarão na CCJC o muito bem fundamentado parecer do deputado Bonifácio de Andrada, cuja conclusão é pela rejeição à solicitação de autorização para processar o presidente Temer".
 
Leia a íntegra da nota enviada hoje ao Blog:
 
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
 
Tendo em vista as especulações surgidas após a divulgação de minha nota ontem, esclareço que:
 
1. No dia 25 de setembro deste ano, requeremos ao Ministro Fachin acesso aos autos do inquérito 4327, bem  como a todos os anexos que o compõem, inclusive delação de Lúcio Funaro e os termos de declarações que a integram. S. Ex.ª deferiu nosso pedido, mas limitou o acesso à delação à parte dela que dissesse respeito ao Presidente da República.
 
2. Quando divulguei nota ontem, referindo-me a vazamento que qualifiquei como criminoso, eu desconhecia que os vídeos com os depoimentos de Funaro estavam disponíveis na página da Câmara dos Deputados. Aliás, considerando os termos da decisão do Ministro Fachin, eu não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos. Somente fiquei sabendo disso por meio de matéria televisiva levada ao ar ontem.
 
3. Jamais pretendi imputar ao Presidente da Câmara dos Deputados a prática de ilegalidade, muito menos crime, e hoje constatei que o ofício encaminhado a S. Ex.ª pela Presidente do STF, com cópia da denúncia e dos anexos que a acompanham, indicou serem sigilosos apenas autos de um dos anexos, sem se referir aos depoimentos do delator, que também deveriam ser tratados como sigilosos, segundo o entendimento do Ministro Fachin, em consonância com o que tem decidido o Supremo Tribunal.
 
4. Reitero que a divulgação daqueles vídeos pela imprensa causa prejuízos ao Presidente da República. Não se pode admitir o uso da palavra do confesso criminoso para influenciar os membros da Câmara, que votarão na CCJC o muito bem fundamentado parecer do deputado Bonifácio de Andrada, cuja conclusão é pela rejeição à solicitação de autorização para processar o presidente Temer.
 
Eduardo Pizarro Carnelós"




Vídeos da delação do doleiro Lúcio Funaro não foram vazados: estão divulgados no site da Câmara dos Deputados
Um dia depois de classificar como "criminoso vazamento" a divulgação dos vídeos da delação do doleiro Lúcio Funaro – que não foram vazados, pois estão publicados desde o dia 29 de setembro no site oficial da Câmara (veja aqui) – o advogado Eduardo Pizarro Carnelós, que representa Michel Temer, enviou nota à imprensa neste domingo dizendo que desconhecia que a Câmara havia divulgado os vídeos, conforme informou ontem a TV Globo, e frisando que jamais pretendeu imputar ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), "a prática de ilegalidade, muito menos crime". Carnelós, entretanto, reitera "que a divulgação daqueles vídeos pela imprensa causa prejuízos ao Presidente da República". "Não se pode admitir o uso da palavra do confesso criminoso para influenciar os membros da Câmara, que votarão na CCJC o muito bem fundamentado parecer do deputado Bonifácio de Andrada, cuja conclusão é pela rejeição à solicitação de autorização para processar o presidente Temer".
 
Leia a íntegra da nota enviada hoje ao Blog:
 
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
 
Tendo em vista as especulações surgidas após a divulgação de minha nota ontem, esclareço que:
 
1. No dia 25 de setembro deste ano, requeremos ao Ministro Fachin acesso aos autos do inquérito 4327, bem  como a todos os anexos que o compõem, inclusive delação de Lúcio Funaro e os termos de declarações que a integram. S. Ex.ª deferiu nosso pedido, mas limitou o acesso à delação à parte dela que dissesse respeito ao Presidente da República.
 
2. Quando divulguei nota ontem, referindo-me a vazamento que qualifiquei como criminoso, eu desconhecia que os vídeos com os depoimentos de Funaro estavam disponíveis na página da Câmara dos Deputados. Aliás, considerando os termos da decisão do Ministro Fachin, eu não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos. Somente fiquei sabendo disso por meio de matéria televisiva levada ao ar ontem.
 
3. Jamais pretendi imputar ao Presidente da Câmara dos Deputados a prática de ilegalidade, muito menos crime, e hoje constatei que o ofício encaminhado a S. Ex.ª pela Presidente do STF, com cópia da denúncia e dos anexos que a acompanham, indicou serem sigilosos apenas autos de um dos anexos, sem se referir aos depoimentos do delator, que também deveriam ser tratados como sigilosos, segundo o entendimento do Ministro Fachin, em consonância com o que tem decidido o Supremo Tribunal.
 
4. Reitero que a divulgação daqueles vídeos pela imprensa causa prejuízos ao Presidente da República. Não se pode admitir o uso da palavra do confesso criminoso para influenciar os membros da Câmara, que votarão na CCJC o muito bem fundamentado parecer do deputado Bonifácio de Andrada, cuja conclusão é pela rejeição à solicitação de autorização para processar o presidente Temer.
 
Eduardo Pizarro Carnelós"




Lúcio Bolonha Funaro, hoje famoso como delator, fez questão de marcar sua presença 'vip' em Três Lagoas

Cunha é um dos principais alvos da operação baseada em denúncias feitas por Delcídio
Com base em inquérito oriundo de delação do ex-senador Delcídio Amaral (MS) na Lava Jato, policiais civis da Delegacia Fazendária (Delfaz) do Rio de Janeiro deflagraram na manhã de hoje a "Operação Barão Gatuno" contra envolvidos em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no estado do Rio. Em depoimentos, Delcídio falou sobre a ligação da atual diretoria de Furnas com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a relação do ex-deputado com o operador financeiro Lúcio Funaro. 
 
Cunha foi responsável por alterar a legislação do setor energético em 2007 e 2008 para beneficiar seus interesses e de Funaro, com a relatoria de medidas provisórias (396/2007 e 450/2008) que favoreceram a empresa Serra da Carioca II, na época em que um indicado do deputado carioca ocupava a presidência da subsidiária. "A atuação de Cunha teria permitido que Furnas comprasse, em 2008, as ações da Serra da Carioca II, que era sócia da estatal, em um consórcio para construção da Usina Hidrelétrica Serra do Facão, em Goiás. Em auditoria, a Controladoria Geral da União apurou vantagens para a empresa que não eram usualmente verificadas em negociações do mercado privado", diz o Estadão de S.Paulo.
 
Embora seja um desdobramento da Lava Jato, A investigação foi remetida para o primeira instância estadual do Rio, porque Cunha e outros suspeitos não têm prerrogativa de foro.