A milícia xiita radical libanesa Hezbollah confirmou neste sábado a morte do seu líder, Hasan Nasrallah, no bombardeio feito ontem pelas Forças de Defesa de Israel em um subúrbio do Líbano, no golpe mais significativo contra o grupo extremista após meses de conflito.

Depois de retornar neste fim de semana de Beirute, onde integrou a missão de ajuda do governo brasileiro ao país, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), também à convite do Planalto, vai acompanhar amanhã a visita de Jair Bolsonaro a Corumbá para inaugurar a Estação Radar no aeroporto da cidade, e pretende falar com o presidente sobre a viabilidade de acelerar um acordo de livre comércio do Líbano com o Brasil e o Mercosul. "É a oportunidade de apresentar essa sugestão, que pode ser uma tentativa de reequilibrar a balança comercial entre os dois países", disse Nelsinho, que é neto de libaneses e preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Ele afirma que ideia de livre comércio entre os dois países teve início em 2010, mas não avançou devido à falta de negociações por parte do Líbano, mas diz que atualmente o cenário político mudou e existe esse interesse. Em MS, além de Corumbá, Bolsonaro também pretende visitar Nioaque, cidade onde atuou como tenente do Exército no início dos anos 80.

"A devastação é impressionante. Parece que estourou uma bomba atômica aqui", disse o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) em vídeo postado hoje nas redes sociais que gravou em Beirute, no local da explosão que matou mais de 150 pessoas e deixou mais de 3 mil feridas na cidade. Nelsinho faz parte da missão de ajuda do governo brasileiro que seguiu ontem para o Líbano, chefiada pelo ex-presidente Michel Temer, a convite do presidente Jair Bolsonaro. No vídeo, Nelsinho também mostra prédios derrubados e outros em ruínas no entorno do local da explosão onde funcionava "o único silo" que estocava grãos no país. "Arrebentou tudo, não sobrou nada", diz. No fim da gravação, o senador mostra o por do sol e afirma: "O sol tá se pondo aqui, na certeza que tudo isso será reparado". Veja vídeo.

Seguiu hoje rumo ao Líbano, a missão do governo brasileiro chefiada pelo ex-presidente Michel Temer, à convite do presidente Jair Bolsonaro, com aviões da FAB levando seis toneladas de medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos doados pelo Ministério da Saúde e pela comunidade libanesa no Brasil para atender as vítimas da explosão ocorrida no dia 4 deste mês em Beirute. Bolsonaro acompanhou o embarque, posou para fotos ao lado de Temer e afirmou: "Esta data marca ainda mais a nossa aproximação com o Líbano. Os nossos países não abrem mão de democracia e liberdade. É o que nós queremos para o mundo todo e, podem ter certeza, os 12 milhões de descentes libaneses que estão no Brasil contribuem em muito com a nossa pátria, trabalhando, se integrando e colaborando nas mais diversas áreas". A previsão é que o grupo retorne ao Brasil no sábado. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que integra a comitiva à convite de Bolsonaro e, como Temer, é descendente de libaneses, postou nas redes sociais o vídeo abaixo feito na escala em Guarulhos e agradeceu ao presidente.

O ex-presidente Michel Temer foi autorizado na noite anterior pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a deixar o Brasil, entre amanhã e sábado, quando deverá chefiar, a convite do presidente Jair Bolsonaro, a missão de ajuda do governo brasileiro ao Líbano, cuja crise foi agravada depois da explosão que deixou mais de 150 mortos e 3 mil feridos em Beirute na semana passada. Após a liberação da Justiça, o governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União a oficialização da missão humanitária com treze integrantes, dentre eles o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Tanto o senador como o empresário são descendentes de libaneses, assim como Michel Temer.

O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, renunciou ao cargo nesta segunda-feira. A saída acontece menos uma semana depois da explosão que matou pelo menos 163 pessoas e feriu em torno de 3 mil em Beirute, e de uma onda de protestos que tomou conta do país neste fim de semana, que levou ministros de sua gestão a deixarem os cargos. Antes da renúncia, Hassan disse que a explosão foi resultado de corrupção endêmica no governo e afirmou em discurso transmitido pela TV que vai dar "um passo para trás para poder estar com o povo e lutar por mudanças junto com as pessoas". O presidente Michel Aoun aceitou a demissão, mas pediu a Hassan Diab que siga trabalhando interinamente até a formação de um novo governo.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo que o governo brasileiro enviará uma missão de ajuda ao Líbano, com medicamentos, insumos básicos de saúde e alimentos, em decorrência da explosão em Beirute que matou mais de 150 pessoas e deixou pelo menos 3 mil feridos, e informou ter convidado o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, para chefiar a comitiva. O anúncio foi feito durante uma videoconferência com participação do presidentes do Líbano, Michel Aoun; da Franca, Emmanuel Macron; e dos Estados Unidos, Donald Trump. Em nota à imprensa no Twitter, Temer disse que está "honrado" com o convite e afirmou: "Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa."

O governo do Líbano confirmou pelo menos 73 mortos e cerca de 2,7 mil feridos em duas explosões em Beirute que teriam ocorrido em um armazém que guardava nitrato de amônio, um tipo de fertilizante. O presidente Michel Aoun disse que a capital deve declarar estado de emergência e afirmou que é "inaceitável" que 2.750 toneladas de nitrato de amônio fossem armazenadas por seis anos em um depósito sem a segurança necessária. Até agora, não há evidência que aposte para um atentado terrorista. Conforme agências de notícia, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, declarou luto oficial de três dias e anunciou que o governo vai apurar os responsáveis pelo armazém que funcionava no porto da capital desde 2014. "Eu prometo que esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço", afirmou. Veja alguns vídeos nas redes sociais que mostram o momento e o cenário da explosão.