Para proteger produtores de leite brasileiros, o governo federal decidiu aumentar o imposto de importação de leite em pó para compensar o fim da taxa antidunping contra o leite da União Europeia e da Nova Zelândia com valores excessivamente baixos. O imposto deve subir de 28% para 42%, o que compensa totalmente o fim da taxa e o decreto de Jair Bolsonaro deve ser publicado na quinta-feira, informa O Globo. Mesmo internado, Bolsonaro manteve contato com produtores desde a semana passada e ligou para o ministro Paulo Guedes (Economia), para que resolvesse a questão. Guedes se reuniu ontem com a ministra Teresa Cristina (Agricultura) e no início da tarde de hoje Bolsonaro anunciou no Twitter que o governo "manteve o nível de competitividade do produto com outros países" e afirmou: "Todos ganharam, em especial, os consumidores do Brasil".
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 12 de fevereiro de 2019
Além do pão francês (leia aqui), preço do leite de saquinho, o popular “barriga mole”, e derivados também terão reajustes em Mato Grosso do Sul a partir de junho, devido à entressafra. A presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de MS (Silems) Milene Nantes diz que o aumento deve chegar aos consumidores já na primeira quinzena de junho e será de até 7,43% no caso do leite de saquinho, elevando o preço do litro dos atuais R$ 2,69, em média, para R$ 2,89. No caso de queijos e manteiga o índice deve passar dos 10%. “Esse aumento é sazonal e acontece todos os anos em decorrência do período de estiagem, quando a quantidade de chuvas é menor, reduzindo as pastagens, que servem de alimento para o rebanho leiteiro. Com menos alimento, o gado tende a produzir menos leite", afirma.