"Venceu o bom senso", disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), João Polidoro, ao comemorar a manutenção ao veto do governador Azambuja à chamada "Lei da Inadimplência" por dezessete votos a dois dos deputados hoje na Assembleia. A proposta do deputado Beto Pereira (PSDB) previa que nomes de devedores só poderiam ser incluídos no serviços de proteção ao crédito, como o SCPC, com autorização do inadimplente.
Como dificilmente alguém aceitaria ficar com o "nome sujo", restaria ao comerciante protestar o inadimplente. Se isso ocorresse, só cartórios ganhariam, explica Polidoro: numa compra de R$ 50, por exemplo, para "limpar o nome" a pessoa teria de pagar a dívida, mais juros, e ainda pagar taxa de R$ 50,37 ao cartório. Somando tudo, mais do que o dobro.
O projeto havia sido aprovado por unanimidade pelos deputados, mas depois em reuniões nos últimos dias, os dirigentes da ACICG conseguiram reverter a decisão da maioria. Nesta quarta-feira, além do autor da proposta, só votou contra o veto do governo o também tucano Rinaldo Modesto que, curiosamente, é líder do governo na Casa.
Ouça, abaixo, o que disse João Polidoro ao Blog.