"Ainda assim, tem alguns que insistem no falso discurso de que a corrupção não é um mal e que o problema é a Lava Jato" escreveu neste sábado no Twitter o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) ao comentar a notícia de que o juiz federal Marcelo Bretas autorizou nesta semana a liberação para o governo do Rio e para a União de R$ 668,5 milhões pagos por delatores na Lava Jato, como forma de restituir valores saqueados dos cofres públicos no esquema de corrupção investigado pela força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF). O governo do Rio que já recebeu outras restituições, como os R$ 250 milhões para pagar o 13º dos servidores, vai ficar desta vez com R$ 208.983.575,27 e a União com R$ 459.593.650,27. .
Leio que o Juiz Federal Marcelo Bretas repassou ontem aos cofres da União e do RJ R$ 668 milhões recuperados em processos anticorrupção. Abaixo um dos repasses. Ainda assim, tem alguns que insistem no falso discurso de que a corrupção não é um mal e que o problema é a Lava Jato. pic.twitter.com/lPtDxhJndH
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 8, 2020
O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), concedeu liminar que autoriza Michel Temer a viajar para Londres, onde fará uma palestra na Oxford Union, instituição de debates estudantís. O ex-presidente recorreu à Corte, após ter seu pedido negado na semana passada pelo juiz federal da Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, que ainda afirmou que, se dependesse dele, Temer ainda estaria preso (leia aqui). O desembargador vislumbrou "constrangimento ilegal" do juiz e citou o "dispositivo constitucional de presunção de inocência" ao liberar a viagem do emedebista.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, condenou duas advogadas – Valesca Ferreira Rodrigues e Luísa Kahale Raimundo Velasco – a 21 anos e 10 meses de prisão por extorsão, falsificação de documento público, tráfico de influência e estelionato. Conforme o Ministério Público Federal, Luísa ocupava um cargo comissionado no próprio MPF e usou falsificou documentos públicos para fazer as vítimas acreditarem que eram alvo de investigações e, com a colega, oferecia serviços advocaticios para supostamente influenciar nas investigações e livrar os clientes.
Na decisão, o juiz cita "danos à imagem da Polícia Civil, Polícia Federal e do Ministério Público Federal, inclusive com imagens dos documentos contendo símbolos identificadores dos referidos órgãos, falsificação de assinaturas de servidores públicos, procurador da República e delegado". Bretas decretou a prisão preventiva de Valesca, que não tem sido encontrada para receber intimações judiciais, nem compareceu em juízo durante o processo, nem cumpriu as medidas cautelares que lhe foram impostas. Esses fatos, disse o juiz, demonstram "periculosidade da ré e indica a real possibilidade de que solta continue a delinquir". Leia aqui a decisão no site Consultor Jurídico.
A Justiça Federal do Rio de Janeiro em parceria com o leiloeiro Renato Guedes realizam nos dias 4 e 13 de setembro leilões dos bens do ex-governador Sérgio Cabral e de sua mulher Adriana Ancelmo, por determinação do juiz Marcelo Bretas, e os lances podem ser feitos pela internet de qualquer lugar do Brasil. Se você estiver interessado, deve se cadastrar no site www.rioleiloes.com.br até 24h antes do leilão. Entre os bens do casal estão a mansão no Condomínio Portobello, em Mangaratiba, avaliada em R$ 8 milhões, embarcações como a lancha Manhattan Rio avaliada em R$ 4 milhões, e veículos como uma Land Rover Discovery Sport SD 4 HSE, uma Land Rover Freelander 2 SDA HSE e um Azera 3.0 V6, avaliados em R$ 436 mil. Também serão leiloados bens de Ary Ferreira da Costa, apontado como operador de Cabral: 4 apartamentos e uma sala comercial, no Rio, avaliados em aproximadamente R$ 13 milhões.