O grupo de apoiadores de Juan Guaidó que invadiu na madrugada de hoje a Emabaixada da Venezuela em Brasília, deixou o local por volta das 17h30 (DF) depois de negociação intermediada pela Polícia Militar. O grupo opositor do governo de Nicolás Maduro pedia que a embaixadora Maria Teresa Belandria e a equipe diplomática indicados por Guaidó em fevereiro para a representação no Brasil assumissem a embaixada. Deputados do PT e do PSOL e militantes de esquerda estiveram no local contra os invasores em apoio ao regime de Maduro, dentre eles o advogado de Campo Grande Ilmar Renato (leia aqui). Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro repudiu a invasão. O regime de Maduro classificou o episódio como "ataque cometido por grupos violentos" e criticou o que chamou de "atitude passiva das autoridades policiais brasileiras, em desatenção de suas obrigações de proteção das sedes diplomáticas e seu pessoal".
Um grupo de brasileiros e venezuelanos que reconhecem Juan Guaidó como presidente do país vizinho invadiu hoje de madrugada a Embaixada da Venezuela, em Brasília. Apoiadores de Nicólas Maduro, três deputados federais de esquerda Paulo Pimenta (PT-SP), Glauber Braga (PSOL-RJ) e Sâmia Bonfim (PSOL-SP) também conseguiram entrar no prédio antes de a PM fazer o isolamento externo do local, já que a polícia brasileira não pode interferir na área considerada território venezuelano. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou no Twitter um vídeo vídeo gravado no local pelo diplomata Tomás Silva, ligado a Guaidó, na embaixada, afirmando que os funcionários da embaixada reconheceram Juan Guaidó como presidente. Também está no local advogado Ilmar Renato Fonseca (o ex-BBB Mamão), petista de Campo Grande, assessor de Glauber Braga que acompanha o deputado. Ilmar enviou a selfie acima em que aparece com o embaixador da Bolívia, José Kim Franco (ligado a Evo Morales), que também está no local, e mandou o áudio abaixo ao Blog relatando a situação na versão dos deputados brasileiros de esquerda, que acusam o governo brasileiro de dar aval aos invasores. Veja o vídeo e ouça abaixo o áudio de Ilmar.
Bem tranquilo Diplomata Tomás Silva manda recado após entrar na embaixada da Venezuela no Brasil.
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) November 13, 2019
Maduro é um narcoditador, não um presidente eleito. Ano passado mais de 80% de venezuelanos não compareceram para votar, fora os que foram votar debaixo de ameaça.#ForaMaduro pic.twitter.com/fRxjqrh3gX
Juan Guaidó anunciou no Twitter que tem apoio de militares da Venezuela e deflagrou hoje a chamada "Operação Liberdade" para retirar o ditador Nicolás Maduro do poder. "Povo da Venezuela, vamos à rua. Força Armada Nacional a continuar a implantação até que consolidemos o fim da usurpação que já é irreversível", convocou Guaidó. O atual regime diz que seriam poucos os apoiadores do oposicionista e fala em tentativa de "golpe". Nicolás Maduro postou no Twitter: "Nervos de Aço! Conversei com os comandantes de todas as REDI e ZODI [regiões e zonas de segurança] do país, que me manifestaram sua total lealdade ao povo, à Constitução e à Pátria. Convoco à máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz. Venceremos!".
¡El momento es ahora!
— Juan Guaidó (@jguaido) 30 de abril de 2019
Los 24 estados del país han asumido el camino: calle sin retorno. El futuro es de nosotros: pueblo y Fuerza Armada unidos por el cese de la usurpación.
¡Juntos somos invencibles! #TodaVenezuelaALaCalle
¡Nervios de Acero! He conversado con los Comandantes de todas las REDI y ZODI del País, quienes me han manifestado su total lealtad al Pueblo, a la Constitución y a la Patria. Llamo a la máxima movilización popular para asegurar la victoria de la Paz. ¡Venceremos!
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 30 de abril de 2019
A Venezuela amanheceu com a maior parte do país sem energia elétrica após um apagão que começou no iníco da noite anterior. O ditador Nicolás Maduro atribuiu o blecaute à uma "sabotagem" dos Estados Unidos à hidrelétrica de Guri, a maior do país. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, respondeu no Twitter: "A falta de energia elétrica e a devastação que afeta os cidadãos venezuelanos não é por causa dos EUA. Não é por causa da Colômbia. Não é [por causa do] Equador ou Brasil, Europa ou qualquer outro lugar. A falta de energia e a fome são o resultado da incompetência do regime de Maduro" Também no Twitter, o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou: "Sabotar é roubar o dinheiro dos venezuelanos. Sabotagem é queimar comida é medicina. Sabotagem é roubar eleições. Em 2009 o regime decretou emergência elétrica e investiram US$ 100 bilhões e hoje seguimos sem luz, o país com as maiores reservas de petróleo do mundo".
Saboteo es robarse el dinero de los venezolanos, Saboteo es quemar comida y medicina, Saboteo es robar elecciones.
— Juan Guaidó (@jguaido) 8 de março de 2019
En 2009 este régimen decretó emergencia electeica e invirtieron 100 mil millones $ hoy seguimos #SinLuz el pais con la reservas de petróleo más grandes del mundo
The power outage and the devastation hurting ordinary Venezuelans is not because of the USA. It’s not because of Colombia. It’s not Ecuador or Brazil, Europe or anywhere else. Power shortages and starvation are the result of the Maduro regime’s incompetence.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) 8 de março de 2019
O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, voltou hoje ao seu país, apesar das ameaças de prisão do regime de Nicolás Maduro por ter descumprido a ordem da Justiça, subordinada ao ditador, de não deixar o país. Recebido por uma multidão, Guaidó disse que vai se reunir amanhã com sindicatos de servidores públicos e convocou a população para novas manifestações no sábado contra o regime de Maduro, que insiste em ficar no poder. "Seguimos firmes e decididos em nossa rota. Neste momento não há nada o que celebrar, mas há muito pelo que trabalhar", escreveu Guaidó no Twitter.
¡A difundir Venezuela!https://t.co/cxsc68qVX3#VamosJuntosALaCalle pic.twitter.com/a4ZaNDbsyK
— Juan Guaidó (@jguaido) 4 de março de 2019