Nem só governistas estão tentando minar a CPI da Covid no Congresso. Dois petistas interlocutores de Lula, o senador Jaques Wagner (BA) e o governador do Piauí, Wellington Dias, "saíram a campo coma missão de jogar água na fervura da CPI da Covid", diz O Antagonista com sua revista Crusoé. "Ambos agem a pedido de Lula. O petista não quer saber de CPI. Avalia que politicamente pode até ser importante o suficiente para desgastar Bolsonaro, mas não pode ser incendiária o bastante para provocar um impeachment", acrescenta o site.
A indicação do subprocurador da Bahia Augusto Aras, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério Público Federal, não deve encontrar resistências no Senado onde precisa de 41 votos dentre os 81 senadores para ser aprovado, conforme senadores da oposição ouvidos pelo site Congresso em Foco que não consideram obstáculo o fato de o nome não estar na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores (ANPR). O senador Cid Gomes (PDT-CE) disse não ter "preconceito" com o nome indicado por Bolsonaro, mas vai conversar com Aras antes de definir sua escolha. "Eu quero ouvi-lo, não tenho conhecimento, eu não sou daqueles que se apegaria, simplesmente rejeitaria por estar fora da lista tríplice. Tem que ser da classe, mas não há previsão legal", afirmou o ex-governador do Ceará.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia que, conforme o site, "é próximo de Augusto Aras", prevê que o nome deve ser aprovado. Para o petista, não constar na lista tríplice não deve ser obstáculo, pois se trata de uma sugestão ao presidente, quem tem a prerrogativa de escolha. Para Wagner, diferente da indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos EUA que sofre resistências na Casa, a indicação do novo procurador deve ser aprovada. "Em relação aos outros cargos, como é de carreira, eu pessoalmente acho que, em tese, deve aprovar", declarou. Leia mais aqui no Congresso em Foco.
A senadora e presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann (PR) afirmou que Ciro Gomes "não passa no PT nem com reza brava", ao comentar declaração do ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, ao Estadão de S.Paulo, sobre o partido indicar um vice para o presidenciável do PDT, diz a coluna da Mônica Bergamo de hoje na Folha de S.Paulo. Ontem, Gleisi postou a montagem abaixo no Twitter, dizendo que Wagner apoia Lula como candidato e chamando de "manipulação e fake news" a notícia de o companheiro baiano defende o apoio do PT ao Ciro.
Jaques Wagner diz que manchete sobre apoio a Ciro é manipulação e fake news! https://t.co/WPQfNcRWhA pic.twitter.com/i4vUrBkmeu
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 3 de maio de 2018