O último indulto natalino concedido por Jair Bolsonaro como presidente da República pode beneficiar policiais militares condenados pelo massacre do Carandiru, ocorrido em 1992. O advogado dos PMs, Eliezer Pereira Martins, disse ao Estadão que os condenados se enquadram 'perfeitamente' em um dos artigos do texto publicado hoje no Diário Oficial da União.
Leia maisMichel Teme termina sua passagem pelo governo hoje como primeiro presidente da República a não editar o Indulto de Natal desde a Constituição de 1988. Integrantes do Planalto, diz O Globo, informaram neste fim de semana que o emedebista decidiu deixar para Jair Bolsonaro, que assume a cadeira presidencial amanhã, a decisão sobre o perdão para condenados por crimes sem grave ameaça ou violência à pessoa. Há um mês, Bolsonaro deixou claro no Twitter (leia aqui) que não tem intenção de conceder o benefício a ninguém: "Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último".
Lembrando que um de seus principais compromissos de campanha foi "pegar pesado" contra a violência e criminalidade, Jair Bolsonaro escreveu hoje no Twitter: "Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último." O aviso antecede a sessão do Supremo que vai decidir hoje se mantém ou não a liminar do ministro Luís Roberto Barroso, que impediu Michel Temer de colocar em liberdade no fim do ano passado condenados por corrupção. Na extensa lista de possíveis beneficiados, há nomes famosos de presos da Lava Jato, como o de seu antigo aliado Eduardo Cunha.
Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último. ????????
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 28 de novembro de 2018