Os três deputados do PT de Mato Grosso do Sul, Pedro Kemp, Amarildo Cruz (estaduais) e Vander Loubet (federal) se reuniram em audiência com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para cobrar providências sobre a morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos, vítima do confronto envolvendo policiais militares e índios Guarani-Kaiowá ocorrido na sexta-feira em uma fazenda ocupada por índios em Amambai.
Leia maisA população indígena de Mato Grosso do Sul atingiu a "imunidade coletiva" à covid-19. Até 31 de julho, 46.180 pessoas de 18 anos acima residentes nas aldeias do estado foram vacinadas, o que significa 98,16% com a primeira dose e 83,16% com duas doses, informa a Secretaria Estadual de Saúde.
Leia maisCerca de 13 mil doses rejeitadas por índios que moram em aldeias de Mato Grosso do Sul serão destinadas, a partir de amanhã, a outros grupos prioritários no estado, disse hoje o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. "Parte dessas vacinas devem imunizar índios desaldeados, esses que moram nas cidades, estimados em cerca de sete mil pessoas", informou. Desde o início da vacinação, a resistência de índios aldeados à imuização persiste. Conforme aqui divulgado, o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), coronel Joe Saccenti Júnior, declarou em fevereiro ao jornal O Estado MS que 90% das famílias residentes em aldeias se recusavam a ser vacinadas, a maioria por acreditar em "fake news" sobre os imunizantes.
Em Campo Grande, um ato denominado "Vidas Negras importam", inspirado nas manifestações contra o racismo que acontecem há mais de dez dias nos Estados Unidos, foi realizado na tarde de ontem na Praça do Rádio com jovens portando faixas contra a discriminação de negros e de índios e também lembrando os assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco e do morotista dela, Anderson Gomes, ocorridos há dois anos no Rio. Na quinta-feira, o deputado estadual coronel David (sem partido) chegou a pedir à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) reforço no policiamento (leia aqui) ao ver a convocação do protesto nas redes sociais. A Polícia Militar acompanhou o protesto e, segundo o G1 MS, informou que cerca de 100 pessoas participaram do ato que ocorreu de forma pacífica e sem incidentes.
Uma ação com mais de 100 policiais militares para desocupar a Fazenda Água Branca, invadida por cerca de 300 indígenas ontem em Aquidauana, gera polêmica em Mato Grosso do Sul. O servidor da Funai enviado ao local do conflito, Elvis Cley, disse ao site Midiamax de Campo Grande que a desocupação foi feita sem ordem judicial. O site reproduziu um áudio atribuído ao prefeito Odilon Ribeiro (PSDB) de Aquidauana, afirmando a fazendeiros que haveria uma suposta "ordem de Brasília" para desocupar a fazenda "por bem ou na força" (ouça aqui e leia mais sobre o caso). O site O Pantaneiro, de Aquidauana, divulgou áudio de lideranças indígenas se mobilizando e ameaçando invadir outras fazendas na região (ouça aqui). Em nota divulgada hoje, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) diz que a ação na fazenda ocorreu de forma pacífica e que foram verificados crimes de ameaça, furto qualificado, danos e crimes ambientais no local.