"O presidente que aí está não merece conduzir a nação. Ele é um sócio do vírus", declarou o jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, co-autor dos pedidos de impeachment de Fernando Collor e de Dilma Rousseff, depois de protocolar nesta tarde na Câmara pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, com base nas conclusões da CPI da Covid.
Leia maisO ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, encabeça um grupo de juristas que vai apresentar hoje na Câmara dos Deptuados novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, com foco nos crimes de responsabilidade do presidente na gestão da pandemia, como a defesa de medicamentos sem eficácia e o desprezo a orientações da ciência. Reale tem peso: foi um dos autores do pedido que levou ao impedimento de Dilma Rousseff, em 2016, e redator do pedido contra Fernando Collor, em 1992.
Leia maisO relatório final da CPI da Covid que pede 68 indiciamentos e tem como alvo principal Jair Bolsonaro, deve ser entregue na semana que vem ao procurador-geral da República, Augusto Aras. Se for engavetado, senadores estão dispostos a pedir o impeachment do chefe do MPF nomeado pelo atual presidente, diz O Globo.
Leia maisDepois dos discursos de ataques ao Supremo e ao Congresso no Sete de Setembro quando chamou o ministro Alexandre Moraes de "canalha" e disse que não iria cumprir suas ordens judiciais, o presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta tarde uma nota no site oficial do governo federal afirmando que nunca teve a intenção de atacar os Poderes da República. Alegou que suas "palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento". Bolsonaro diz ainda na nota, que "existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes", mas que "essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais". O recuo acontece um dia depois de o presidente do Supremo, Luiz Fux, rebater os ataques de Bolsonaro e avisar que "descumprir decisão judicial é crime de responsabilidade", passível de impeachment.
Leia maisAo abrir a sessão de hoje do Supremo, Luiz Fux rebateu os ataques e ameaças feitas à Corte pelo presidente Jair Bolsonaro em atos políticos do Sete de Setembro. "Ninguém, ninguém fechará esta Corte", declarou o presidente do STF, que alertou contra os "falsos profetas do patriotismo", avisou que atos "ilícitos" não serão tolerados e deixou claro, sobre as ameças de Bolsonaro de não cumprir decisões do Supremo, que isso configura "crime de responsabilidade" [o que é passível de impeachment] a ser analisado pelo Congresso.
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