"O que afeta a economia é a pandemia, não as medidas para combater a pandemia", disse o secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, durante coletiva ontem no Palácio dos Bandeirantes, quando o governador João Doria (PSDB) anunciou a prorrogação para até o fim do mês da quarentena no estado, que lidera em casos de contágio e mortes pelo coronavírus no Brasil. "Existe um equívoco, que está permeando diversos setores de opinião e de poder do Brasil, de que o isolamento social ou a quarentena é que está causando a crise econômica. Não é. É o contrário. A crise é causada pela pandemia", disse Meirelles. O ex-ministro da Fazenda lembrou que em pandemias anteriores, as regiões que adotaram a quarentena com mais rigor tiveram melhor e mais rápida recuperação econômica. "A quarentena tem, por finalidade, combater mais eficazmente a contaminação e, consequentemente, isso beneficia a economia", destacou. "É uma questão objetiva e econômica. Quanto mais rápido for controlada a evolução dos casos, mais rápido sairemos da crise e mais rápido vamos recuperar os empregos e a renda", emendou. Meirelles disse que um dos setores mais afetados pela crise em SP foi o de serviços domésticos, mesmo liberado para funcionar durante a qarentena. "Esse setor não foi objeto de nenhuma restrição. E, no entanto, foi o mais afetado pela crise. Por que? Pela preocupação das pessoas", ilustrou. (Com Agência Brasil)

Carlos Marun afirmou que se “arrepende" de não ter saído como candidato à Presidência da República em 2018. O ministro da Secretaria de Governo disse ao Estadão de S.Paulo que o MDB deveria ter lançado alguém "com perfil combativo" e que fizesse a defesa do governo Temer na campanha. O jornal lembra que, com o aval do próprio Michel Temer, o MDB lançou Henrique Meirelles, mas o ex-ministro da Fazenda não decolou na disputa. "Eu me arrependo de não ter saído como candidato à Presidência. Foi uma eleição de verdade. Quem ficou de nhe-nhe-nhem, ficou de fora", declarou Marun.

Depois de disputar sem sucesso as eleições presidenciais pelo MDB, Henrique Meirelles foi convidado pelo governador eleito João Doria (PSDB) para ser secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo e aceitou o chamado. O anúncio deve ocorrer ainda nesta terça-feira no escritório político do tucano, na capital paulista, informa o Estadão. Com isso, Meirelles será o sexto integrante da  de Michel Temer que fará parte do governo Doria, como Gilberto Kassab, que vai comandar a Casa Civil.

Sem dinheiro, tempo de TV e sem poder participar do debate global, o Cabo Daciolo (Patriota) ficou a maior parte da campanha orando no monte e obteve 1.348.305 votos (1,26%). Mais do que o dono da campanha mais rica, Henrique Meirelles (MDB), que obteve 1.288.938 (1,20%) e do que Marina Silva (Rede) que encolheu para 1.069.522 (1%).

Henrique Meirelles é um otimista. Depois de dobrar de 2% para 4% seu índice na pesquisa do banco BTG Pactual (veja aqui) divulgada hoje em comparação com a da semana passada, o candidato do MDB disse à TV Ponta Negra, afiliada do SBT em Natal (RN), que vê "uma chance enorme de entrar no segundo turno". Sobre a polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), chamou os dois de "extremistas" e disse que, se não for para o segundo turno, não apoiará ninguém. Ouça o áudio.

A atual disputa presidencial contradiz a velha teoria de políticos e marqueteiros de que dinheiro e tempo de TV são as principais armas para caçar eleitores. Depois de abraçar o Centrão e deter 44%, quase metade do tempo do horário eleitoral, Alckmin vê seus minguados pontos encalhados nas pesquisas, distante do líder Bolsonaro que, praticamente, só conta com divulgação na internet. E, conforme observa hoje o site Congresso em Foco, embora já tenha gasto R$ 43 milhões na campanha mais rica do pleito, o Meirelles segue tecnicamente empatado na rabeira com o Cabo Daciolo, que declarou ter usado só R$ 738 enquanto fica jejuando em "glória a Deus" no Monte das Oliveiras, na zona oeste do Rio.