Na maior capital brasileira, a disputa pela prefeitura está embolada. Pesquisa de intenção de voto para prefeito de São Paulo da Quaest contratada pela Genial Investimentos divulgada hoje apontam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tecnicamente empatados. 

O debate do segundo turno para prefeito de São Paulo que seria realizado na noite de hoje, antevéspera da eleição de domingo, foi cancelado pela TV Globo depois que o candidato Guilherme Boulos (PSOL) informou que foi diagnosticado nesta sexta-feira com covid-19 e está de quarentena. Conforme o G1, da Globo, assessoria disse que Boulos, que está sem sintomas, fez o teste nesta semana depois de informado que a deputada Sâmia Bonfim (PSOL), com quem esteve na semana passada, testou positivo. No Twitter, Boulos disse que pediu à Globo para manter o debate "de forma virtual" e o prefeito e candidato Bruno Covas (PSDB) desejou "pronta recuperação" ao adversário.

A primeira pesquisa Ibope de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo neste 2º turno, divulgada hoje pela TV Globo e jornal O Estado de S.Paulo, aponta o prefeito Bruno Covas (PSDB) com 47%, saindo na frente de Guilherme Boulos (PSOL), que tem 35%. Brancos e nulos somam 14% e outros 4% disseram não saber ou não quiseram responder. Em votos válidos, quando são excluídos os brancos, nulos e indecisos como faz a Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição, Covas também lidera com 58% (mais do que os 50% necessários para ser reeleito) e Boulos tem 42%. Conforme o G1, o Ibope ouviu 1.001 eleitores paulistanos entre segunda-feira e hoje (16 a 18). Com margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos, a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o nº SP-05645/2020.

Os comandos de 57 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores terão disputa em segundo turno pela cadeira de prefeito, incluindo a maior capital do país, São Paulo, onde o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) enfrentará a surpresa Guilherme Boulos (PSOL), e o Rio de Janeiro, onde o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) encara o atual ocupante do cargo Marcelo Crivella (Republicanos). Nessas cidades, que incluem 18 capitais, a campanha já recomeça nesta segunda-feira às 17h (24h após o fechamento das urnas pelo horário local) e os candidatos já podem realizar comícios, distribuir material gráfico e usar alto-falantes para fazer campanha. De hoje até o dia 29 deste mês, data da votação, nenhum desses candidatos pode ser detido ou preso, salvo no caso de flagrante delito, conforme o Código Eleitoral. As eleições deste ano têm o menor intervalo entre turnos da história: apenas 13 dias, lembra a Agência Brasil. Normalmente, o período é de três a quatro semanas. O calendário apertado foi aprovado pelo Congresso em função do adiamento do primeiro e segundo turnos por causa a pandemia de covid-19.

Pesquisa Ibope de boca de urna divulgada pela TV Globo nesta tarde, logo após o fechamento das urnas na maior capital brasileira, indica que haverá segundo turno em São Paulo entre o prefeito Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O tucano aparece com 33 % dos voto, enquanto Boulos, que cresceu na reta final, tem 25% dos votos na pesquisa. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

O julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão voltou a ser adiado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o ministro Alexandre de Moraes, que passou a integrar a Corte na semana passada, pedir vistas ontem para melhor analisar o processo. As ações assinadas por Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede) acusam a campanha de Bolsonaro de hackear no Facebook a página "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" e alterar o nome para "Mulheres com Bolsonaro #17" para beneficiar a chapa do atual presidente, nas eleições de 2018. A defesa alega que Bolsonaro e Mourão desconheciam o episódio e que nos dias 15 e 16 de setembro daquele ano, data do fato, Bolsonaro estava internado após o atentado à faca em Minas. O julgamento foi iniciado em novembro e havia sido suspenso por pedido de vistas do ministro Edson Fachin. Na época, o relator do caso, ministro Og Fernandes, votou pelo arquivamento.

Calero explicou a Boulos: 'As tropas estavam voltando para o quartel depois do trabalho nas eleições'."