O juiz Albino Coimbra Filho, de Campo Grande, decidiu hoje punir o ex-pefeito Gilmar Olarte, que está cumprindo pena, por ter gravado um vídeo que circulou nas redes sociais e na imprensa regional pedindo votos ao candidato Capitão Contar (PRTB) neste segundo turno das eleições para governador em Mato Grosso do Sul.
Leia maisCondenado em 2017 a oito anos e quatro meses de prisão, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que recorria em liberdade contra a decisão, voltou a ser preso ontem, depois que seu último recurso foi rejeitado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eleito vice de Alcides Bernal, Olarte chegou a assumir a prefeitura em 2014 quando a Câmara de Vereadores afastaram do cargo o prefeito, que mais tarde recuperou a cadeira. Pastor evangélico, Olarte foi acusado pelo Ministério Público de pedir folhas de cheques em branco a fieis, que trocava por dinheiro com agiotas, prometendo aos donos dos cheques empregos públicos quando fosse eleito. O advogado Karlem Karim Obeid, que defende o político, disse ao jornal Correio do Estado que vai ajuizar uma revisão criminal sobre a decisão contra a condenação do cliente.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo, rejeitou recurso da defesa de Gilmar Olarte que pedia alvará de soltura para o ex-prefeito de Campo Grande, e manteve decisão do Suprerior Tribunal de Justiça (STJ) que havia negado habeas corpus ao político. Olarte foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) a oito anos e quatro meses de reclusão, acusado pelo MP estadual de receber vantagens indevidas em troca da promessa de nomeação de cargos, futuros privilégios em contratos com a administração local e concessão de uso de terrenos públicos. Vice-prefeito, ele assumiu o cargo com a cassação de Alcides Bernal (PP) em março de 2014 pela Câmara, mas acabou renunciando em setembro de 2016. Leia mais aqui no site do STF.
O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) partiu hoje para o contra-ataque ao rebater declaração do prefeito Marquinhos Trad (PSD) à Rádio CBN Campo Grande (leia e ouça aqui) que ontem atribuiu a ele e aos demais antecessores – André Puccinelli (MDB), seu irmão Nelsinho Trad (MDB) e Gilmar Olarte – os problemas de convênios com a Seleta e a Omep que devem ser tema de matéria no Fantástico sobre a "farra das terceirizadas" no domingo. Também à CBN, Bernal declarou que Marquinhos é "useiro e vezeiro em faltar com a verdade". "Assim como ele fez com a taxa lixo, dizendo que não criaria e criou uma taxa do lixo pesadíssima, agora vem jogar a responsabilidade, que é dele, sobre os ombros dos outros. Quem criou esse problema com as terceirizadas foi o grupo político ao qual ele pertence", afirmou Bernal, dizendo ter sido ele que "descobriu e denunciou esses problemas". Ouça a íntegra em áudio no ícone abaixo.