Em meio a guerra travada por Olavo de Carvalho contra militares de seu governo, e generais deixando claro em entrevistas que já perderam a paciência, Jair Bolsonaro publicou nota hoje no Twitter com elogios ao seu "guru" e afirmando esperar que os "desentendimentos ora públicos" contra militares, aos quais deve sua "formação e admiração", sejam "página virada por ambas as partes". "Sua obra em muito contribuiu para que eu chegasse no governo", diz o presidente sobre Olavo de Carvalho. Veja a íntegra.
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— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 7 de maio de 2019
O general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, usou hoje o Twitter para rebater críticas do "guru" bolsonarista Olavo de Carvalho contra militares do Planalto. No sábado, Olavo usou as redes sociais para comparar o general Santos Cruz, secretário de Governo, a Ciro Gomes(PDT), dizendo que ele "fofoca e difama pelas costas". Em entrevista, o ministro Santos Cruz rebateu, chamando Olavo de "um desocupado esquizofrênico". Nesta segunda-feira, Villas Bôas disparou: "Mais uma vez o Sr. Olavo de Carvalho a partir de seu vazio existencial derrama seus ataques aos militares e as FAA demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia. Verdadeiro trotski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas Brasileiros" (veja a íntegra abaixo). Após a postagem, o ex-comandante do Exército virou alvo de "olavistas" nas redes sociais.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 6 de maio de 2019
O governo federal voltou atrás depois de enviar e-mail a estatais como Petrobras e Correios determinando que peças de propaganda fossem submetidas à Secretaria de Comunicação (Secom), subordinada à Secretaria de Governo, após Jair Bolsonaro de vetar um anúncio do Banco do Brasil (leia e veja o vídeo aqui). A Secretaria de Governo informou na noite anterior que as propaganda não serão submetidas à Presidência da República porque isso feriria a Lei das Estatais. O ministro Santos Cruz disse ao O Globo que a decisão de interferir na publicidade de estatais “não tem validade”, porque fere normas do próprio governo. Indagado se o vídeo do BB voltará a ser veiculadado, respondeu: "Se vai ou não, é problema do presidente do Banco do Brasil".