Michel Temer disse hoje sentirá falta das manifestações "Fora, Temer" que enfrentou desde que assumiu a Presidência da República, em maio de 2016. O desabafo bem-humorado ocorreu em sua última reunião com sua equipe de ministros, a qual cumprimentou pelo desempenho. "Até vou sentir muita falta do 'Fora, Temer'. Mas eram manifestações políticas, que quando falavam 'Fora, Temer' é porque eu estava dentro", afirmou, provocando risadas entre os presentes. O emedebista também citou que enfrentou "empenho extraordinário de parte da imprensa que tentou nos derrubar", e que, apesar dos protestos, seu governo seguiu "adiante, amparado" pelo trabalho de sua equipe. Temer fez um balaço positivo de seu governo e citou pesquisa de uma consultoria que aponta que ele deixa o cargo com a aprovação do mercado. "Há uma dissonância em termos de popularidade, mas quando o mercado assim age em brevíssimo tempo isso chegará ao ouvido de todos", disse, apostando que no futuro haverá reconhecimento de sua gestão. 

Água, malte e lúpulo são os ingredientes da cerveja "Fora Temer" da cervejaria artesanal Latinoamericana, produzida no assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul, norte do Paraná. Sem cereais não-maltados como milho e farelo de soja que hoje fazem parte da maioria das cervejas industrializadas no Brasil, a "Fora Temer" foi lançada entre amigos após o impeachment de Dilma há dois anos. Divulga nas redes sociais, recebeu pedidos de outros estados e neste início de semana virou notícia no Estadão de S.Paulo, no blog do Marcelo Rubens Paiva que informa: já existe também a cerveja "Lula Livre" vendida no Bar do Ano, na Savassi, bairro nobre de Belo Horizonte.

Após as delações da JBS, o que é melhor para o Brasil? Dentre os 45 leitores que opinaram na Enquete do Blog, a maioria - 19 (42.22%) – defende a saída de Temer e eleição indireta como manda a Constituição. Dentre as demais opções, 9 (20%) querem a aída de Temer e eleições gerais de federais a municipais, 8 (17.78%) pedem a saída de Temer e eleições presidenciais diretas já, 7 (15.56%) dizem que não sabem o que é melhor ou pior, e só 2 (4.44%) defendem que Temer conclua o mandato e, em vez de receber benefício, os irmãos Batista deveriam ser presos.

Dia de caos em Brasília. Após  vandalismo e depredação de ministérios hoje por mascarados e parte dos manifestantes convocados por centrais sindicais para pedir a queda do presidente, eleições diretas, e protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência, o presidente Michel Temer decretou "ação de garantia da lei e da ordem" a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, autorizando as Forças Armadas a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministérios. Ao anunciar a medida, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a manifestação prevista como pacífica "degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas". A decisão provocou a reação de opositores no Congresso. "Não me lembro de ter visto isso nem na ditadura militar. Não é um ato normal", afirmou o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), em discurso no plenário. No Rio de Janeiro também há tumulto no entorno da Assembleia Legislativa.