O Ministério Público estadual (MPMS) e a Polícia Federal buscam identificar autores de comentários racistas contra nordestinos em uma página no Facebook que se intitulava de "humor" de Dourados (MS), após a região Nordeste dar maior votação ao ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições, no último domingo.
Leia maisCom recordes diários de internações pela covid-19 em Mato Grosso do Sul, o médico infectologista Júlio Croda, professor da UFMS e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), defendeu hoje em postagem no Facebook "um lockdown real, sem exceções, por pelo menos 15 dias em Campo Grande", epicentro da doença no estado. Croda diz que medidas adotadas pelo Município como desinfecção de ruas e barreiras sanitárias em rodovias são ineficazes e, ao postar notícia do site Campo Grande News de que a prefeitura destinou 120 leitos da Unidade do Trauma para atender pacientes com covid, afirmou que isso não é suficiente para atender a demanda crescente. "Barreira sanitaria não tem menor sentido. Campo Grande está entre as cidades com maior incidência no estado e já possui transmissão comunitária da P1. Não existe respaldo científico para desinfecção. Dinheiro jogado fora. Em nenhum momento foi citado medidas mais restritivas para conter a transmissão como outras cidades estão adotando. Não teremos capacidade de atender todos, apenas com essa ampliação de leitos. Sou a favor de um lockdown real, sem excessões, por pelo menos 15 dias em Campo Grande", escreveu o médico que integrou a equipe do ex-ministro Mandetta, no Ministério da Saúde.
A Associação da Guarda Municipal de Campo Grande acionou a Justiça pedindo R$ 50 mil de indenização de um internauta que chamou os profissionais de "pebas" e "macacos" ao comentar no Facebook uma notícia divulgada em novembro pelo site Campo Grande News sobre denúncia feita na Depac por três coletores de lixo que diziam ter sido agredidos por dois guardas. Ao site, o advogado da entidade, Márcio Almeida, disse que a postagem extrapolou o direito de livre manifestação do pensamento. "Ao afirmar que o concurso público para Guarda Civil Metropolitana é a 'nível macaco', chamar os integrantes da instituição de 'peba' fazendo nítida alusão a pessoas sem valor, importância, reles, ordinários e ainda, afirmando que 80% destes servidores 'não valem o pão que come, e depois ainda querem respeito' demonstra de forma indubitável o excesso no direito de liberdade de expressão e notória violação dos direitos da personalidade dos guardas civis metropolitanos desta Capital", afirmou. O processo tramita na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital.