A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa na madrugada deste sábado, escondida em uma cama box em sua casa no país vizinho. Ela é acusada pelo Ministério Público boliviano de "traição e conspiração" na dertubada do ex-presidente Evo Morales, afastado do cargo em 2019 depois de tentar se eternizar no poder com uma quarta eleição depois de mudar as leis do país, considerada fraudulenta por opositores e agências internaiconais. No Twitter, Jeanine disse que a "perseguição política" já começou na Bolívia. "O MAS [partido de Evo Morales e do atual presidente Luis 'Lucho' Arce] decidiu voltar ao estilo de ditadura. É uma pena porque a Bolívia não precisa de ditadores, precisa de liberdade e soluções", afirmou. O ex-ministro da Energia Rodrigo Guzmán também foi preso e outros quatro ex-ministros de Áñez são procurados.
La persecución política ha comenzado. El MAS ha decidido volver a los estilos de la dictadura. Una pena porque Bolivia no necesita dictadores, necesita libertad y soluciones.
— Jeanine Añez Chavez (@JeanineAnez) March 12, 2021
Pueden descarga la denuncia con la que pretenden perseguirnos: https://t.co/eVQKCMtcui
Resultado preliminar das eleições presidenciais deste domingo na vizinha Bolívia aponta vitória em primeiro turno de Luis Arce, o Lucho, integrante do MAS, partido do ex-presidente Evo Morales que está exilado na Argentina, prometeu voltar à Bolívia caso seu ex-ministro da Economia fosse eleito e comemorou no Twitter. A apuração é lenta e o resultado final deve demorar, mas a vitória de Lucho foi reconhecida hoje pela presidente interina Jeanine Áñez. "Ainda não temos a contagem oficial, mas pelos dados que temos acesso, o senhor Arce e o senhor Choquehuanca ganharam a eleição", escreveu Añez no Twitter. "Cumprimentos aos ganhadores e peço que governem pensando na Bolívia e na democracia", acrescentou. Analistas lembram que Arce sempre defendeu a volta de Evo para se defender dos processos contra ele Bolívia, mas como candidato negou que seu ex-chefe seria uma "sombra" em seu governo, dúvida que permanece no ar.
Aún no tenemos cómputo oficial, pero por los datos con los que contamos, el Sr. Arce y el Sr. Choquehuanca han ganado la elección. Felicito a los ganadores y les pido gobernar pensando en Bolivia y en la democracia.
— Jeanine Añez Chavez (@JeanineAnez) October 19, 2020
Mis más sinceras felicitaciones a los hermanos @LuchoXBolivia y @LaramaDavid por esta gran victoria, y a las autoridades electas, Asamblea Legislativa, a los movimientos sociales, a los militantes y simpatizantes del MAS-IPSP les agradezco su esfuerzo y compromiso con #Bolivia. pic.twitter.com/9DipRz8qWk
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 19, 2020
Exilado na Argentina, Evo Morales inaugurou por telefone uma obra na cidade de Entre Rios, no sul da Bolívia, e foi acusado ontem pelo governo boliviano de "usurpar funções". Conforme O Globo, o vice-governador da província de O'Connor, Walter Ferrufino, do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo, telefonou para o ex-presidente para que ele "inaugurasse" na segunda-feira um depósito de suprimentos construído por meio do programa "Bolívia Cambia, Evo Cumple", da época do governo de Morales. Ao saber da "inauguração, o ministro da Presidência, Yerko Núñez, o braço direito da presidente interina Jeanine Añez, escreveu a mensagem abaixo no Twitter em que afirma: "É jocoso, mas ao mesmo tempo indignante, ouvir o ex-presidente inaugurar obras por telefone. Usurpa funções e amplia a lista de delitos pelos quais deve responder à Justiça". O jornal boliviano Página Siete informa que o governo também acusa Ferrufino de ter cometido um delito.
Resulta jocoso, pero al mismo tiempo indignante, oír al expresidente inaugurar obras por teléfono. Usurpa funciones y agranda la lista de delitos por los que debe responder ante la justicia #boliviana.
— Yerko Núñez Negrette (@yerko_nunez) December 27, 2019
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que estava no México, passou por Cuba para uma consulta médica e chegou hoje à Argentina na condição de asilado político oferecida pelo novo governo, agora comandado por Alberto Fernández. "Entra na condição de asilado e depois passará a ter a de refugiado", afirmou o ministro das Relações Exteriores argentino, Felipe Solá, a uma emissora de TV de Buenos Aires. No Twitter, Evo agradeceu os governos do México e da Argentina e disse que está "forte e animado" para seguir "lutando pelos mais humildes".
Hace un mes llegué a México, país hermano que nos salvó la vida, estaba triste y destrozado. Ahora arribé a Argentina, para seguir luchando por los más humildes y para unir a la #PatriaGrande, estoy fuerte y animado. Agradezco a México y Argentina por todo su apoyo y solidaridad.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) December 12, 2019