O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) incluiu na pauta da sessão desta terça-feira (4) o julgamento de ação que acusa de corrupção eleitoral e falsidade ideológica o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), agora em fim de mandato, durante as eleições de 2020.

Com vistas às eleições "possivelmente turbulentas" em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprou 39 mil projéteis de 9 mm da Companhia Brasileira de Cartucho em outubro deste ano, depois de ter comprado em agosto 30 pistolas.

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã em Dourados a Operação "A Verdade vos Libertará" que investiga crimes eleitorais nas eleições para vereador de 2020.

Policiais federais amanheceram hoje nas ruas de Corumbá cumprindo sete mandados judiciais de busca e apreensão na Operação Mercês, que investiga associação criminosa formada por servidores públicos municipais e integrantes da Câmara dos Vereadores para compra de votos.

Nas eleições de Macapá realizadas em segundo turno neste domingo, o candidato Dr. Furlan (Cidadania) foi eleito prefeito da capital do Amapá com 55,67% dos votos derrotando Josiel Alcolumbre (DEM), irmão do presidente do Congresso, senador David Alcolumbre (DEM-AP), que obteve 44,33% dos votos. Nas últimas semanas o presidente Jair Bolsonaro, de quem o senador Davi é aliado, pediu votos para Josiel em vídeo nas redes sociais, mas não teve jeito. Macapá foi a última capital a escolher seu prefeito no pleito deste ano, depois de ter as eleições adiadas pela Justiça Eleitoral por causa do apagão na rede de energia elétrica do Amapá em novembro.

Antes de assumir o cargo em Coxim, a vereadora eleita Adriana Nabhan visitou hoje o gabinete de Eduardo Rocha (ambos do MDB) na Assembleia e saiu com o compromisso do deputado estadual de destinar uma emenda no ano novo para aquisição de um veículo para o Conselho Tutelar da cidade. Filha de pescador e conselheira tutelar em Coxim, Adriana conseguiu sua primeira eleição como a segunda mais votada para a Câmara da cidade e a mais votada do MDB. A visita foi acompanhada pelo presidente estadual da sigla, ex-prefeito de Coxim e ex-deputado Júnior Mochi.

O irmão do presidente do Senado Davi Alcolumbre, José Samuel Alcolumbre, o Josiel (DEM), vai enfrentar o deputado estadual Antônio Furlan, o Dr. Furlan (Cidadania), em segundo turno no dia 20 deste mês na disputa pela Prefeitura de Macapá. Nas eleições de primeiro turno realizadas neste domingo na capital do Amapá, que haviam sido adiadas pela Justiça Eleitoral por causa do apagão no Amapá, ninguém alcançou metade dos votos: Josiel obteve 59.511 (29,47%), seguido por Furlan, com 32.369 (16,03%). O ex-prefeito da capital, ex-senador e ex-governador João Capiberibe (PSB), o Capi, teve 30.160 votos (14,94%); Cirilo Fernandes (PRTB) 23.588 (11,68%); Patrícia Ferraz (Podemos), 22.762 (11,27%); e Guaracy (PSL) 17.182 (8,51%). Outros quatro candidatos não chegaram a 4% dos votos, mas a abstenção foi elevada: 25,81%.

Pela primeira vez desde a volta das eleições diretas em 1985 quando elegeu Maria Luiza Fontenele em Fortaleza (CE), o PT não elegeu neste ano nenhum prefeito de capital. Há quatro anos, os petistas só haviam conquistado a capital do Acre, Rio Branco, com Marcus Alexandre, que renunciou ao cargo em 2018 para disputar o governo estadual e perdeu. A maior vitória das sigla nas capitais foi em 2004, quando elegeu nove prefeitos. Na época, Lula estava em em seu primeiro mandato como presidente da República. Neste domingo, o PT era o partido com mais candidatos no segundo turno. Disputava 15 cidades, entre elas duas capitais – Recife (PE), com Marília Arraes, e Vitória (ES), com João Coser, que acabaram derrotados. Só elegeu quatro prefeitos: em Diadema, Mauá (ambas em SP), Contagem e Juiz de Fora (ambas em MG).

Ao votar no segundo turno do Rio, onde o prefeito Marcelo Crivela (Republicanos) que ele apoiava foi derrotado por Eduardo Paes (DEM), Jair Bolsonaro declarou à imprensa, sem provas, que houve "fraude" nas eleições dos EUA e voltou a questionar, também sem provas, a lisura das eleições brasileiras e defender a volta do voto impresso. Indagado em coletiva sobre as eleições, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou: "O presidente da República merece todo o respeito institucional, e tem o direito de manifestar livremente sua opinião. O país é livre e democrático. A verdade porém é que o Supremo Tribunal Federal já entendeu pela inconstitucionalidade do voto impresso. E não apenas pelo custo de R$ 2,5 bilhões, mas porque representaria um risco real ao sigilo para o voto. Então objetivamente hoje não existe a possibilidade de voto impresso porque existe uma decisão unânime em sentido diverso". Mais cedo, o ministro havia afirmado que explicaria o funcionamento das urnas "para quem quer entender", já que "para quem não quer, não há fármaco jurídico". Na coletiva, Barroso afirmou: "Eu não tenho controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que a terra é plana, que o homem não foi à Lua, tem que ache que Trump venceu as eleições nos EUA. Não há, como disse objetivamente, forma de você fraudar sem que seja detectado. Portanto, acho que não há perda de credibilidade".