Embora tenha Eduardo Pazuello tenha dito à CPI da Covid que "ministro não pode receber e negociar com empresas", a Folha de S.Paulo revelou hoje que, quando era ministro da Saúde, ele negociou a compra de 30 milhões de doses da vacina Coronavac direto da China por intermédio da empresa Wolrd Brands, de Santa Catarina, pelo preço unitári ode US$ 28 a dose, quase o triplo dos US$ 10 cobrados pelo Instituto Butantan. O jornal divulgou vídeo em que Pazuello aparece ao lado de representantes da empresa anunciando o acordo.
Leia maisO Exército Brasileiro anunciou nesta quinta-feira que arquivou o processo contra o general Eduardo Pazuello por considerar que "não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar" por parte do ex-ministro da Saúde ao participar de ato político de apoio a Jair Bolsonaro, ao lado do presidente, no dia 23 de março no Rio de Janeiro. Embora o Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas proibam a participação de militares da ativa em manifestações políticas, em sua defesa Pazuello alegou que o evento não se tratava de um ato político. Depois do evento, conforme aqui publicado, Pazuello foi nomeado para um cargo no Planalto. Leia aqui a íntegra da nota no site do Exército.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi nomeado hoje secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão vinculado à Presidência da República. A nomeação publicada nesta tarde no Diário Oficial da União é assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Na SAE, comandada pelo almirante Flávio Rocha, Pazuello, segundo O Globo, deverá receber um salário de R$ 16.944,90 que será complementado com o soldo de general da ativa do Exército. A nomeação acontece depois de Pazuello ter "blindado" Jair Bolsonaro ao depor na CPI da Covid e comparecer em ato público de apoio ao presidente no Rio de Janeiro, que virou alvo de procedimento administrativo no Exército que proíbe militares da ativa de participarem de atos políticos.
O comando do Exército decidiu abrir processo disciplinar para apurar a participação do general Eduardo Pazuello em ato de apoio a Jair Bolsonaro neste domingo no Rio de Janeiro, quando o ex-ministro da Saúde subiu em um carro de som e discursou ao lado do presidente. A investigação visa apurar se o general descumpriu o Código Disciplinar do Exército que proíbe militares da ativa de se manifestarem em assuntos políticos. Conforme o jornal Correio Braziliense, Pazuello terá 10 dias para apresentar a defesa. Depois, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, decidirá sobre o caso.