Além do campeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, filiado a um partido de extrema-direita e simpatizante de Jair Bolsonaro, outro conhecido brasileiro com cidadania italiana, o empresário paulistano Andrea Matarazzo, virou candidato ao Senado na Itália, por partido de centro-esquerda, simpático a Lula.
Leia maisA senadora Soraya Thronick (PSL-MS), uma das principais aliadas de Jair Bolsonaro no Congresso, disse em entrevista à BBC que ainda mantém a defesa do presidente, mas afirmou que "é muito cedo ainda pra dizer o que vai acontecer no ano que vem". Soraya virou alvo de ataques de apoiadores do presidente nas redes sociais e afirmou que "esse extremismo pode ser sim a queda (de Bolsonaro). Então, vai ter muita gente que vai se arrepender disso".
Leia maisUm grupo de advogados que se denomina "Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil" divulgou um comunicado nas redes sociais, reproduzido hoje pelo site O Antagonista, em que ameaça processar "políticos, artistas, professores ou qualquer um do povo" que postarem algo ofensivo contra Jair Bolsonaro. "Vamos processar a todos. Nossa equipe de advogados providenciará o devido encaminhamento da notícia crime e demais petições aos canais competentes", diz a OACB, afirmando que está unida 'para mudar o que precisa ser mudado'.
Cotado a ser indicado por Davi Alcolumbre (DEM-AP) para ocupar um ministério [Desenvolvimento Regional ou o de Minas e Energia] no governo de Jair Bolsonaro, o senador Nelsinho Trad, de 59 anos, foi aconselhado pelo irmão deputado federal Fábio Trad, de 51, a "preservar a independência". "Ele perguntou o que eu achava. Falei Nelson, é um governo de extrema-direita. A extrema-direita prendeu e torturou nosso pai (o ex-deputado Nelson Trad, falecido em 2011). Ele falou 'é verdade, irmão. Vou pensar'", disse Fábio ao O Globo. "Eu li que o Davi [Alcolumbre] não quer ser ministro pra preservar sua imagem de independência. Ele também deveria preservar a independência dele. É um governo de extrema-direita, que se não fosse a sociedade civil, já teria restringido as liberdades individuais há muito tempo", acrescentou o deputado, segundo o jornal.
Adversários na política, dois ex-presidentes do Uruguai – José "Pepe" Mujica, de 85 anos, da Frente Ampla de esquerda; e Julio María Sanguinetti, de 84, do conservador Partido Colorado – se uniram em sessão conjunta ontem para renunciar aos respectivos cargos de senador, quando trocaram um forte abraço. O gesto raro na política foi classificado por outros parlamentares como "reflexo da democracia".
Mujica havia anunciado no mês passado que deixaria o cargo por motivos de saúde e disse hoje, em discurso, que isso não "significa o abandono da política, mas sim o abandono da linha de frente". "No meu jardim, há décadas não cultivo o ódio. Aprendi uma dura lição que a vida me impôs. O ódio acaba deixando as pessoas estúpidas" disse o ex-presidente, que passou 13 anos preso durante a ditadura militar. "Já passei por tudo, mas não tenho ódio de ninguém e quero dizer aos jovens que triunfar na vida não é ganhar, mas sim se levantar toda vez que cair", acrescentou.
Sanguinetti lembrou sua renúncia já estava prevista desde antes das eleições nacionais de 2019, em uma carta de despedida. A decisão, afirmou, foi tomada pela necessidade de se dedicar à Secretaria Geral do Partido Colorado e às suas atividades como jornalista e correspondente editorial. Leia aqui as cartas de renúncia dos dois ex-presidentes no site do Parlamento uruguaio.