No vizinho Paraguai, o Grêmio venceu por 2 a 0 o Guaraní na noite anterior e poderá até perder por 1 a 0 no jogo de volta em casa na semana que vem para chegar às quartas de final da Libertadores. No jogo de ontem em que usou a camisa da seleção argentina em homenagem à Maradona, Renato Gaúcho completou 383 partidas como técnico do Grêmio, igualando o recorde de Oswaldo Rolla, o Foguinho, como treinador com mais jogos na história do clube.

Além de manifestações de celebridades e outras homenagens mundo afora, a Argentina parou hoje para acompanhar o velório do ex-atacante Diego Armando Maradona na Casa Rosada, sede do governo argentino que decretou luto oficial de três dias. Multidões tomaram as ruas de Buenos Aires para dar adeus ao maior ídolo da história do futebol mundial depois do rei Pelé. A fila chegou a 25 quarteirões, sob forte calor, conforme a TN TV argentina, e após um tumulto o governo prorrogou o fim do velório para 19h. No Brasil, só se viu coisa parecida no velório de Ayrton Senna, ídolo mundial da F1. Comentaristas tentam explicar na imprensa e nas redes sociais tanta idolatria pelo "pibe" (garoto) que saiu da periferia, virou astro mundial e teve a vida marcada por polêmicas no longo jogo perdido contra o vício de drogas. Maradona faleceu aos 60 anos ao sofrer um infarto durante o sono ontem, conforme a autópsia. Seu filho, Diego Armando Sinadra Maradona, de 34 anos, que mora na Itália, não pôde ir ao velório saiu há poucos dias de internação por covid-19 e chegou a ser entubado. "O primeiro pensamento foi ir embora imediatamente mas os meus pulmões não aguentariam no avião: saí do hospital mas vou esperar alguns dias antes de lhe dar o último beijo", disse Diego Jr., informa o diário esportivo italiano Corriere dello Sport.

O rei Pelé e outras celebridades do futebol mundial lamentaram nas redes sociais a morte do maior ídolo do futebol argentino e um dos principais craques da história Diego Armando Maradona – e também um dos mais polêmicos, que perdeu o difícil jogo contra as drogras – que faleceu hoje aos 60 anos após sofrer uma parada cardiorrespiratória. "Que notícia triste. Eu perdi um grande amigo e o mundo perdeu uma lenda. Ainda há muito a ser dito, mas por agora, que Deus dê força para os familiares. Um dia, eu espero que possamos jogar bola juntos no céu", escreveu  Edson Arantes do Nascimento no Twitter.

Dentre os brasileiros, Neymar postou na rede social uma foto em que aparece criança ao lado de Maradona, e escreveu: "Descanse em paz! LENDA do futebol!". Também no Twitter, o ex-jogador e atual senador Romário escreveu: "Meu amigo se foi. Maradona, a lenda! O argentino que conquistou o mundo com a bola nos pés, mas também por sua alegria e personalidade única. Já disse algumas vezes, dos jogadores que vi em campo, ele foi o melhor."

LUTO E JOGO ADIADO – O presidente Alberto Fernandez decretou luto de três dias na Argentina e disse que Maradona "só deu alegrias aos argentinos". A Conmebol, a pedido do Boca Juniors, adiou para a próxima quarta-feira (2) o jogo do time argentino contra o Inter, que ocorreria hoje à noite no Beira-Rio, pelas oitavas Libertadores. Os principais clubes de futebol do mundo também lamentaram a notícia.

Morreu aos 60 anos hoje Diego Armando Maradona, principal jogador da história do futebol da Argentina, que sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, conforme anunciou o diário argentino Clarín, seguido do jornal esportivo Olé. O ex-jogador havia sido submetido a uma cirurgia para drenar uma pequena hemorragia no cérebro no início deste mês e, depois de receber alta, deveria seguir com os cuidados médicos em casa, monitorado pela família.

O vice-presidente Hamilton Mourão postou foto no Twitter em que aparece com o Papa Francisco neste domingo, no Vaticano, onde representou o governo brasileiro da cerimônia de canonização de Irmã Dulce, e escreveu que o argentino fez a ele uma "pergunta difícil: quem é o melhor, Pelé ou Maradona? Saí-me diplomaticamente: os dois!"