O ministro da Educação, Abraham Weintraub, lançou hoje o programa Novos Caminhos que vai ofertar mais 1,5 milhão de vagas em educação profissional e tecnológica, que passarão das atuais 1,9 milhão para 3,4 milhões até 2023 em todo o país, aumento de 80%. O objetivo é oferecer qualificação e oportunidade de trabalho para jovens estudantes e para adultos que estão fora da escola. "Um bom curso técnico permite ao jovem ter renda superior a alguém formado em curso superior, que não tem foco na realidade", disse Weintraub. O programa prevê formação de professores e ampliação dos cursos. Cinco polos estão sendo criados nos institutos federais e a pasta vai ouvir o setor produtivo para atualizar o catálogo de cursos visando a demanda do mercado. Mais de 100 mil vagas para qualificação profissional deverão ser ofertadas com recursos do Bolsa Formação, por meio dos estados, que poderão buscar parcerias com o Sistema S e com a rede federal. Conforme o MEC, a oferta de ensino técnico no Brasil hoje é de apenas 8% no ensino médio, bem atrás do Reino Unido onde é de 63%, da União Europeia (48%) e do Chile (31%). No Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que "o ensino técnico é motor para o retorno do dinheiro do contribuinte aconteça de maneira mais rápido e eficaz para a sociedade".

Uma iniciativa inédita que visa a profissionalização de jovens infratores que cumprem medidas sócioeducativas em Mato Grosso do Sul está sendo realizada pelo Projeto Medida de Aprendizagem, pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MS) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT-MS). A meta é oferecer cursos para mais de 70 menores, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e demais órgãos vinculados aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O primeiro município contemplado é Ponta Porã, que passará a atender 15 adolescentes na Unidade Educacional de Internação (Unei) Mitaí. A princípio, também serão atendidos jovens da Unei Dom Bosco, em Campo Grande; e da Unei Laranja Doce, em Dourados. "É dever do Estado e de toda a sociedade proteger integralmente crianças e adolescentes, dando-lhes oportunidade de qualificação profissional concomitantemente com a educação formal", diz a procuradora do MPT-MS Simone Beatriz Assis de Rezende, uma das responsáveis pelo programa.