Nesta sexta-feira 13 foi publicada MP de Lula que determina a volta do Coaf ao Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, que em 2018 questionou no Twitter a ida do órgão para o Ministério da Justiça, liderado à época pelo ex-juiz Sergio Moro, que hoje respondeu o tuíte do atual ministro.
Leia maisO presidente do Supremo, Dias Toffoli, negou hoje que tenha tido acesso a dados sigilosos dos últimos três anos obtidos pelo antigo Coaf (atual UIF - Unidade de Inteligência Financeira) que envolvem 600 mil pessoas e empresas, incluindo políticos. “O Presidente Dias Toffoli não comenta processo que tramita sob segredo de Justiça. Vale esclarecer que o STF não recebeu nem acessou os relatórios de inteligência financeira conforme divulgado pela imprensa”, diz trecho da nota reproduzido pelo site O Antagonista, após repercussão de notícia da Folha de S.Paulo informando que Toffoli ordenou ao Banco Central que entregasse os dados, no âmbito do processo em que ele suspendeu o uso de dados do Coaf, do BC e da Receita Federal, sem autorização judicial, em investigações de casos de corrupção. A liminar de Toffoli será analisada pelo plenário do Supremo na quarta-feira da semana que vem e é uma das medidas tomadas por autoridades brasileiras que trouxe nesta semana ao Brasil um grupo de trabalho sobre corrupção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne paises ricos (leia aqui), preocupado com o risco de retrocesso no combate à corrupção no País.
Principal crítico no Supremo dos métodos da Lava Jato, Gilmar Mendes elogiou em entrevista à agência Reuters a iniciativa de Jair Bolsonaro em determinar trocas no comando do Coaf, na Receita e na Polícia Federal. Questionado se o presidente estaria fazendo um "freio" de arrumação nesses órgãos, Mendes concordou: "Tenho a impressão que sim". E acrescentou: "É natural que, em algum momento, o sistema político chamasse atenção e reagisse em relação a isso. A Lava Jato tinha virado uma espécie de Santíssima Trindade: ela investigava, ela julgava, ela condenava, ela fazia a lei. E o Brasil é um país muito complexo. Quem teve essa ilusão é um pouco simplista ou simplória. Não dá para achar que vai se manietar as instituições por muito tempo". Leia aqui a íntegra.